A má conservações dos ônibus do Consórcio Guaicurus que rodam em toda Campo Grande revolta passageiros não é de hoje. Mas neste fim de semana, uma situação pra lá de inusitada chamou atenção de quem precisou utiliza ônibus da linha do bairro Moreninhas.

Leitor do Jornal Midiamax contou à reportagem que utilizou o ônibus da linha 061 – Moreninhas/Shopping, neste sábado (29). Ao entrar no coletivo, o morador já se surpreendeu com o barulho, mas foi quando o ônibus andou em velocidade um pouco mais alta que a barulheira surpreendeu.

“Não é som de chuva, é lata batendo mesmo”, disse o usuário. O som é tão alto que pode até ser confundido com bateria de escola de samba e exige paciência de quem depende do transporte coletivo e, além dos atrasos, precisa lidar com a má manutenção dos veículos.

Aumenta o som e confere no vídeo abaixo a situação do coletivo das Moreninhas:

 

Falhas e decisão judicial

Além dos problemas com conservação dos ônibus, o plano de biossegurança do Consórcio Guairucus, aquele criado para evita contaminação pelo novo coronavírus, também é alvo de críticas. O caso foi parar na Justiça, que analisou que o grupo que explora o transporte público de Campo Grande precisa fazer mais para proteger a saúde do usuário.

Na sexta-feira (28), o desembargador Marcelo Câmara Rasslan determinou que o Consórcio Guaicurus regularize diversas falhas de biossegurança apontadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no prazo de 10 dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Na decisão, o relator argumentou que as medidas solicitadas são “de certa forma simples e podem ser implementadas sem maiores prejuízos à parte recorrida, pois visam efetivamente combater a contaminação da população”.

Em seguida listou as ações: “evitar aglomerações, manter o distanciamento nas filas, instalar dispensadores de sabão para lavagem das mãos, reduzir o excedente de passageiros para adequação à capacidade permitida a cada veículo, regularizar a utilização de bebedouros para evitar a contaminação dos usuários, assim como a falta do uso de máscaras, a ausência de fiscalização das medidas preventivas e de orientação às pessoas, dentre outras”.