Vale fará testes mensais da sirene em barragem de Corumbá

Para atender ao PAEBM (Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração) e às recomendações dos demais órgãos reguladores, como a Defesa Civil do Estado, neste ano a Vale realizará mensalmente testes do sistema de sirene da barragem do Gregório, da Mina Santa Cruz, em Corumbá. A medida preventiva, anunciada pela empresa mineradora, tem […]

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Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS
Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS

Para atender ao PAEBM (Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração) e às recomendações dos demais órgãos reguladores, como a Defesa Civil do Estado, neste ano a Vale realizará mensalmente testes do sistema de sirene da barragem do Gregório, da Mina Santa Cruz, em Corumbá.

A medida preventiva, anunciada pela empresa mineradora, tem como objetivo conferir a eficiência do sistema e ajustá-lo, caso seja preciso. Para não confundir os moradores, será tocada uma música instrumental com volume baixo e duração aproximada de cinco minutos.

“É preciso esclarecer que o procedimento se limita a testar os equipamentos, não sendo necessário o deslocamento da população para os pontos de encontro. Os moradores da comunidade devem continuar sua rotina de atividades normalmente”, informou a Vale, em nota.

Segundo o coordenador da Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), tenente-coronel Fábio Catarinelli, a mobilização não foi satisfatória durante simulação de incidente, ocorrido em agosto do ano passado. Na oportunidade, os órgãos federais e estaduais envolvidos na vistoria das barragens, recomendaram alguns ajustes, um deles maior engajamento dos moradores (199 pessoas) que residem na rota de inundação dos rejeitos em caso de acidente.

“A população precisa entender o processo da barragem e suas consequências e ser permanentemente informada das ações. Isso garante uma sensação de segurança e mantém a total transparência dos procedimentos”, disse Catarinelli.

Rota de inundação

A Barragem Gregório, considerada de dano alto, é uma das mais antigas (28 anos) em operação em Corumbá, distante cerca de 40 km do centro urbano, com capacidade para nove milhões de metros cúbicos de rejeitos. Segundo a Vale, ela foi redimensionada e opera com dois milhões de metros cúbicos.

Em caso de rompimento, a lama percorrerá 12,7 km até a BR-262 (km 740), no tempo de 1h10m, não ultrapassando a rodovia, segundo projeção. Há um desnível de 630 metros entre a barragem e a BR-262, que está situada entre a Morraria do Urucum e o Pantanal do Jacadigo.

O cenário desenhado, em caso de acidente, aponta que a mancha chegaria próxima à rodovia com 60 centímetros de espessura, depois de perder volume e velocidade, entre morros, com a concentração de rejeitos após 5 km da barragem. Na rota de inundação, existem três balneários particulares abertos ao público.

Os testes anunciados pela Vale fazem parte do PAEBM. A estrutura da Barragem do Gregório teve sua Declaração de Condição de Estabilidade renovada e emitida em setembro de 2019, pela Mineração Corumbaense Reunida, e o método construtivo é linha de centro.

O primeiro teste foi realizado no dia 31 de janeiro e os próximos ocorrerão nas datas a seguir, sempre em torno das 10 horas: 28 de fevereiro, 27 de março, 24 de abril, 29 de maio, 26 de junho, 31 de julho, 28 de agosto, 25 de setembro, 30 de outubro, 27 de novembro e 23 de dezembro.

(Governo de MS, com informações da Vale)

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