Parque dos Poderes fica sem lombadas e Detran-MS estima mais 6 meses para operação de radares

As lombadas instaladas no Parque dos Poderes, em Campo Grande, e desativadas há mais de um ano pela Perkons SA, empresa que prestava serviços ao Detran-MS, foram retiradas no último final de semana. O órgão estadual estima que novos aparelhos devam demorar ainda mais seis meses para serem instalados.

De acordo com um funcionário que trabalha no Parque dos Poderes, na quinta-feira (12) chegou para trabalhar e os aparelhos ainda estavam no local. No domingo, quando retornou, não havia mais nada.

Ismael Neves, de 25 anos, trabalha em uma empresa que presta serviços no parque e disse que, apesar de não estarem funcionando há muito tempo, os equipamentos inibiam os motoristas de circularem em alta velocidade pelas vias.

“Por se tratar de um processo complexo onde atenderá a demanda de todo o Estado, há várias fases, como tempo longo de publicação, prazo para recursos, levantamento e especificação de cada local, justificativa técnica, entre outros, a nossa expectativa é que leve ainda seis meses para licitar a empresa que fará o serviço de lombadas e radares do MS”, explicou órgão em nota.

Descumprimento contratual

A empresa Perkons SA desligou os radares de Mato Grosso do Sul por duas vezes no ano passado. Na primeira vez, em julho de 2019, a empresa alegou ausência de repasse nas parcelas do contrato. Após receber pagamento de R$ 1,6 milhão pelo Detran-MS, porém, a Perkons também exigiu apresentação de um plano de quitação, no prazo de dez dias, que venceu no mês seguinte à ocasião.

Em agosto de 2019, a empresa destacou que o desligamento ocorreu porque o Detran-MS não estaria cumprindo prazo acordado, no caso, de apresentação do plano de quitação à dívida que ultrapassava R$ 10,4 milhões.

“Tal prazo expirou e a Perkons novamente buscou se reunir e dialogar com o Detran-MS, junto à Secretaria de Estado da Fazenda em 06/08/2019, onde foi solicitada prorrogação de prazo até 09/08/2019 para a apresentação do cronograma de pagamento da dívida (…). Entretanto, mais uma vez não houve qualquer manifestação ou providência de ambos”, explicou a empresa na época. Após o ocorrido, os 144 radares da empresa prestadora de serviços em MS foram desligados.