MS tem o 3º pior isolamento social entre os Estados e Campo Grande é a ‘vice’ das capitais

Mato Grosso do Sul e Campo Grande continuam a registrar baixas taxas de isolamento social enquanto a Covid-19 avança.

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A taxa de isolamento social de Mato Grosso do Sul sofreu uma ligeira melhora na quinta-feira (18), mas ainda continua estacionada entre as piores do Brasil. O mesmo vale para Campo Grande, que voltou a figurar entre as capitais com mais baixa adesão à técnica de combate ao novo coronavírus (Covid-19) –teve a segunda pior taxa nesse dia.

De acordo com dados da consultoria In Loco, a taxa de isolamento social do Estado foi de 36,35% na quinta-feira, melhor apenas que os números de Tocantins (34,34%), Goiás (35,47%) e Santa Catarina (36,09%). Na quarta (17), foi de 35,1%, também a terceira pior do Brasil.

A marca sul-mato-grossense, embora venha se repetindo nas últimas semanas, preocupa pelo fato de o Estado viver uma escalada no volume de casos, no total de óbitos e de internações. Nesta sexta-feira (19), totalizaram-se 4.666 casos, com 2.336 deles ainda ativos (2.218 em isolamento domiciliar e 118 internados), além de 40 óbitos. O total de recuperados é de 2.290, ou seja, inferior ao de pacientes em recuperação.

A melhor marca veio do Amapá: 42,95%, um pouco acima da média nacional de 38,5% nno dia, o que comprova o baixo recolhimento da população brasileira. Os dados são medidos a partir da movimentação do sinal de telefones celulares.

Entre as capitais, Campo Grande só teve isolamento social melhor que o de Palmas (TO), que cravou 33,7%. A Capital sul-mato-grossense registrou 35,19%, ficando à frente de Goiânia (GO), que marcou 35,36%. As três cidades figuram constantemente na relação daquelas com pior isolamento.

A técnica de enfrentamento à Covid-19 se baseia em um conceito simples: ao ficar em casa, o cidadão evita tanto ter contato com portadores do coronavírus como o transmitir, caso tenha o micro-organismo no corpo. Contudo, para ser eficiente, a medida deve contar com adesão superior a 60% da população.

Isolamento social no interior de MS

Entre os 79 municípios sul-mato-grossenses, nenhum cravou os 60% de isolamento social. O que chegou mais próximo, com 56,3%, foi Novo Horizonte do Sul –que, desde o surgimento de casos de coronavírus, viu a população aumentar a participação no combate à Covid-19.

Japorã (55%), Figueirão (52,4%), Douradina (52,3%) e Jateí (51%) completam a lista das 5 cidades de maior participação no isolamento social.

No outro extremo da lista, Rio Verde de Mato Grosso (30,8%), Guia Lopes da Laguna (31,3%), Batayporã (31,7%), Antônio João (31,9%) e Costa Rica (32,4%) tiveram os piores resultados do Estado.

Antônio João é uma das 16 cidades que ainda não reportou casos de coronavírus no Estado, enquanto Costa Rica entrou na lista há algumas semanas –lá, trabalhadores vindos do Maranhão foram isolados após alguns testarem positivo para a doença.

Rio Verde, uma das primeiras cidades a registrarem casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, voltou a apontar casos. Já Batayporã, Guia Lopes e Douradina estiveram entre as cidades onde a doença se mostrou um problema: enquanto a primeira estreou a lista de óbitos no Estado, Guia Lopes é, até hoje, a de maior incidência da doença no Estado –com Douradina aparecendo em segundo lugar.

Campo Grande teve o 13º pior isolamento social entre as cidades do Estado, enquanto Dourados, atual epicentro do coronavírus com 1.630 casos, teve isolamento de 40,4%, o 33º melhor do Estado.

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