Após o segundo de moradora do , em , as mulheres que residente na região seguem temendo pela segurança e medo tem sido companheiro por 24 horas nos últimos dias. Trabalhadoras, mães e adolescentes precisaram mudar a rotina depois do sequestro e assassinato de Carla, de 25 anos, e do desaparecimento de Léia, de 44 anos, que foi encontrada nesta tarde desta segunda-feira (6).

Atendente de loja e mãe de duas meninas, Jennifer Figueiredo, de 26 anos, diz que está com a atenção redobrada quando chega ao fim do expediente e precisa voltar para casa. “Fiquei sabendo agora do segundo caso [de desaparecimento], estou aqui todos o dia e pode acontecer com a gente também”, disse.

Jennifer diz que até a filha, de 9 anos de idade, já entende a preocupação da mãe e também já demonstra medo ao estar fora de casa. “Até ela já entende o medo e pede para ir para casa quando está comigo”, comentou a moradora.

A rotina da barbeira Elizandra Elizhesst, de 35 anos, precisou se adaptar para poder acompanhar a filha durante a ida na e na casa de amigos. “Antes minha filha ia sozinha, andando, mas agora eu levo e busco ela. Hoje em dia não sabemos quem está do nosso lado, na sociedade em geral. Você vê cara, mas não vê coração”, relatou Elizandra.

Na barbearia onde ela trabalha a rotina também precisou ter cuidados a mais com os clientes. “Quem é cliente frequente a gente já conhece, mas quando chega algum desconhecido a gente já fica em alerta”, comentou.

Estela Silva, de 34 anos, disse que tem impedido que a filha vá sozinha nem na esquina de casa. “A gente fica muito preocupado, moro aqui há 20 anos e nunca vi isso acontecendo. Tenho medo, trabalho fora e tenho que sair de casa cedo. Parece que nenhum horário é seguro mais”, relatou Estela, pontuando que sente falta das rondas policiais no bairro.

Uma moradora que espera ônibus no ponto e preferiu não se identificar, disse que não sabia do segundo caso de desaparecimento e apesar do medo de andar ‘por aí' sozinha, ela precisa trabalhar.

Tarado em carro prata

Um tarado, que circula em um carro de cor prata, na região dos bairros Itamaracá e Tiradentes, em Campo Grande, está deixando as moradoras da região aterrorizadas, já que ele teria perseguido algumas mulheres e até passado as mãos nas nádegas de outras vítimas.

Uma das vítimas fez uma postagem no Facebook denunciando o homem. Ela registrou um boletim de ocorrência, no dia 30 de junho quando voltava de um mercado junto de uma amiga, e um homem que estava em um carro, de cor prata, seguiu as mulheres e ao encontrar a vítima passou as mãos nas nádegas dela fugindo em seguida.

Segundo om relato da mulher, o mesmo carro já teria passado na rua de sua casa umas três vezes. Outras mulheres teriam relatado no post que a jovem fez, que haviam passado pela mesma situação também no bairro Tiradentes. Pelas imagens, é possível ver quando as amigas passam pela rua com as compras nas mãos, e em seguida o carro vem atrás dobrando a esquina ao seguir as mulheres.