Com assessoria de imprensa

Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais está ligado a urbanização de grandes centros a locais próximos de habitat natural de animais silvestres. Mas o que fazer quando se encontra um animal na rua ou até mesmo em casa?

Conforme a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), só no ano passado, a PMA (Polícia Militar Ambiental) capturou perto do perímetro urbano, cerca de 1,766 mil animais, destes 810 foram em Campo Grande. E a captura vai de ouriço em edifício, capivara em armário, serpentes a lagartos em veículos.

A primeira reação de quem encontra, caso não seja um animal peçonhento, é pegar, porém, a principal recomendação é ligar para a PMA que irá avaliar junto ao cidadão sobre a necessidade de enviar uma equipe para fazer a captura do animal, ou apenas de orientar sobre o que fazer.

“Pedimos compreensão da população. Às vezes não é caso de captura, basta se manter longe para que o animal possa voltar ao seu habitat. Se for caso de captura, as vezes vai demorar um pouco para a chegada da equipe. Em Campo Grande já teve casos de em um dia, a PMA capturar 7 animais”, explica o porta voz da corporação tenente-coronel Ednilson Queiroz.

Para os casos em que o animal estiver machucado, a orientação é buscar assistência. O CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) não só recepciona os animais apreendidos em operações de combate ao tráfico ou atropelados nas rodovias, mas também recebe os que são entregues pela população para atendimento e futura reinserção do bichinho a natureza.

Encontrou um animal silvestre fora do habitat? Saiba o que fazer para protege-lo
(Foto: Divulgação)

Caso aconteça atropelamento ou até a morte do animal, a orientação é parar o veículo em um local seguro, se estiver no meio da via, o ideal é retirar ele da rua. Se o animal morrer, o condutor deve ligar para a Solurb, que é responsável pela remoção.

“Cerca de 90% dos animais que nós atendemos aqui são devolvidos à natureza. Então, a grande maioria desses animais nós conseguimos fazer a correção de fratura, estabilizar o animal. Nós conseguimos, com o empenho de toda equipe, devolvê-lo a natureza”, destaca o veterinário do CRAS, Lucas Cazati.