Em ano de pandemia, MS registra queda de 12,6% em registro de nascimentos
Dados de cartórios de Registro Civil de Mato Grosso do Sul mostram que, de janeiro a novembro deste ano, houve redução de 12,6% nos nascimentos em comparação com o mesmo período de 2019. Em Campo Grande, no mesmo período, a queda apontada pelos registros é de 11% nos nascimentos. De acordo com os números de […]
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Dados de cartórios de Registro Civil de Mato Grosso do Sul mostram que, de janeiro a novembro deste ano, houve redução de 12,6% nos nascimentos em comparação com o mesmo período de 2019. Em Campo Grande, no mesmo período, a queda apontada pelos registros é de 11% nos nascimentos.
De acordo com os números de registros dos cartórios em MS, no ano que o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus, os nascimentos nas cidades caíram. Em 2020, foram 37.091 nascimentos de janeiro a novembro, contra 42.468 do mesmo período do ano anterior. Ou seja, foram registrados menos 5.377 bebês em Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande a comparação soma uma diferença de 1.612 registros de bebês, pois em 2019 foram 14.538 nascimentos registrados entre janeiro e novembro, enquanto em 2020, foram 12.926 registros, correspondendo a uma porcentagem de menos 11%.
Nos últimos anos há uma média no total de nascimentos em Mato Grosso do Sul. Foram 32.109 registros em 2015, contra 45.729 em 2019. Total de registros de nascimentos dos últimos cinco anos:
- 2015: 32.109
- 2016: 45.397
- 2017: 45.642
- 2018: 45.517
- 2019: 45.729
- 2020*: 37.091
*até novembro
Total de registros de nascimentos dos últimos cinco anos em Campo Grande:
- 2015: 13.538
- 2016: 14.810
- 2017: 15.603
- 2018: 15.581
- 2019: 15.707
- 2020*: 12.926
*até novembro
Maternidade na pandemia
Avaliar os impactos da pandemia na taxa de nascimentos no país, só será possível a partir do ano que vem, haja vista que desde o mês que a pandemia se instaurou em MS até agora, se passaram oito meses.
Na visão da ginecologista Rúbia Borges, no início, quando vírus começou a se espalhar, muitas pacientes que queriam engravidar preferiram adiar o sonho e aguardar pela evolução da doença. Porém, segundo a médica, muitas decidiram continuar os planos da maternidade.
“No início da pandemia, lá em março, havia muita preocupação. Para a clínica, diminuiu bastante o número de pacientes e os próprios médicos diminuíram o numero de pacientes que iam atender. No começo, eu fiz bastante consulta on-line, mas logo em seguida precisamos voltar os atendimentos presenciais com todos os cuidados”, explicou.
Após os casos darem indícios de diminuição no estado, os casais começaram a retornaram à clínica para dar prosseguimento no processo de gravidez. “Eu tive muitas pacientes grávidas no período da quarentena e muitas estão prestes a ter o bebê neste período. Mais mulheres estão se permitindo tentar a gravidez nesses últimos meses”, contou.
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