Três dias após um vídeo começar a circular de um poste ‘pegando fogo' na região rural de Mato Grosso do Sul, um novo registro foi encaminhado ao Jornal Midiamax nesta segunda-feira (21).

Um leitor disse que registrou o momento nesta tarde em estrada vicinal, na , em , sentido Sidrolândia. O homem comenta que se a plantação de estivesse mais alta, poderia ser queimada pela pelas faíscas.

Na última semana, um fazendeiro relatou que o que pode estar causando o aquecimento no poste é um material de cruzeta inflamável. O fogo atinge a parte superior do poste e faíscas causam queimada na vegetação, que é rapidamente apagada pelos moradores.

A concessionária afirmou que uma equipe de manutenção está a caminho do local, no km 34 da estrada, para verificar se rede seria da empresa ou de uma rede particular.

“A afirma que chuvas e descargas atmosféricas podem causar o curto-circuito na rede de energia conforme registrado no vídeo da reportagem, e que as primeiras chuvas após períodos de longa estiagem e o acúmulo de sujeira no isolador ou outros equipamentos também podem resultar no problema apresentado. Cabe destacar que o sistema de proteção da distribuição atuará automaticamente em caso de qualquer emergência. A Energisa reforça ainda que o Pantanal é uma região ainda não eletrificada e quando for será por energia solar sem redes de distribuição”, disse.

Engenheiro analisou

Segundo o engenheiro eletricista, Bruno Egues de Arruda, vários fatores podem contribuir para o risco de queimadas como falhas na isolação. Porém, não se pode afirmar que o causador são as cruzetas, uma vez que são feitas de concreto, aço e madeira, o que não é proibido.

“Outro equipamento crucial é o isolador, este feito de porcelana, vidro temperado ou polímeros, independentemente do material, o isolador deve ser projetado para suportar a tensão de trabalho da linha de distribuição/transmissão, pelas imagens a rede parece ser de 13,8kV porque o isolador possuir apenas 2 discos”, explica.

Falhas em isolamento são os principais causadores de incêndios, e isso acontece quando o disco está danificado, ou descargas atmosféricas, que pode ter a manutenção com uso de para-raios.

“É preciso verificar vários fatores, sendo eles, o projeto para averiguar questões técnicas, a execução averiguando o material empregado e que nem sempre é feito pela Energisa, mas pelo próprio usuário e posteriormente doado para a concessionária, ou ainda investigar causas fortuitas e de foça maior como os fenômenos da natureza”, ressalta.