Com contas atrasadas, famílias dividem itens de cesta básica para não passarem fome

O efeito da crise de coronavírus está preocupando moradores de Campo Grande. Crise financeira deixa contas atrasadas acumularem, e além do desemprego, famílias precisam dividir cesta básica para não passarem fome. Uma leitora, que preferiu não se identificar, conta que antes de surgir a pandemia o marido perdeu o emprego como mecânico e tiveram que […]

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O efeito da crise de coronavírus está preocupando moradores de Campo Grande. Crise financeira deixa contas atrasadas acumularem, e além do desemprego, famílias precisam dividir cesta básica para não passarem fome.

Uma leitora, que preferiu não se identificar, conta que antes de surgir a pandemia o marido perdeu o emprego como mecânico e tiveram que reorganizar as contas. Em março, havia passado em um processo seletivo, porém, com o primeiro decreto que suspendia serviços essenciais, a vaga foi cancelada.

“Desde então estamos empurrando com a barriga. Tentamos o auxílio emergencial, mas foi negado por conta do imposto de renda de 2018. Já está autorizado cortar a luz, não vai adiantar parcelar porque nem assim terei condições de pagar”, disse.

A secretária também sofreu redução na jornada de trabalho e consequentemente no valor do salário. O marido faz bicos, mesmo em áreas que não são da formação para ajudar na compra de alimentos.

“Tenho um filho de quatro anos. Minha irmã ganha uma cesta básica do trabalho e divide com a gente, mas criança em casa quer comer toda hora. Esse mês pedi ajuda do meu pai, da minha sogra, mas ninguém mais tem. Meu marido está fazendo bicos, e isso livra um pouco da gente não passar fome”, desabafou em contato com o Jornal Midiamax.

Portas fechadas

A costureira Amanda Bernardo,47, teve que fechar o estúdio no bairro São Francisco por não ter dinheiro do aluguel. Por conhecer o proprietário, conseguiu negociar o valor da multa pelo atraso no pagamento, porém, neste mês teve que escolher entre pagar as dívidas e comer.

“Consertar roupas não é necessidade de quem já não tem dinheiro. Eventos foram cancelados e nem terão, vestidos de festas eu não vou ver esse ano. Moro com minhas duas filhas que estão desempregadas. Os bicos que aparecem são bem poucos”, lamenta.

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