Clima em Batayporã é de silencio geral entre os moradores

Um dia depois da morte de Eleuzi Nascimento, primeira vítima fatal do coronavírus em Mato Grosso do Sul, o clima em Batayporã ainda é de enterro. Com comércio fechado e ruas completamente vazias, moradores se recolhem e evitam falar sobre o assunto. Comerciantes, produtores rurais, políticos, professores, líderes religiosos e profissionais liberais se recusam a […]

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Um dia depois da morte de Eleuzi Nascimento, primeira vítima fatal do coronavírus em Mato Grosso do Sul, o clima em Batayporã ainda é de enterro. Com comércio fechado e ruas completamente vazias, moradores se recolhem e evitam falar sobre o assunto. Comerciantes, produtores rurais, políticos, professores, líderes religiosos e profissionais liberais se recusam a emitir opiniões.

“Aqui o silêncio reina absoluto e o sentimento é de perda. No fundo muita tem receio do que pode acontecer já que o vírus não escolhe classe social e nem idade, embora os mais velhos estejam nos grupos de risco”, comentou um dos moradores da cidade, que concordou em falar com a reportagem desde que ficasse no anonimato.

Segundo essa mesma fonte, o temor é compreensível pelo clima de tensão que essa morte gerou e também pela perspectiva de outras contaminações. “Por mais que as autoridades locais possa garantir a situação está sob controle, a gente sente que não está, uma vez que já existem outros casos de coronavírus no município”.

Apesar de reservada, a vítima era uma pessoa conhecida na cidade. “Ela trabalhou muito tempo de merendeira em uma escola estadual da cidade, mas já estava aposentada. Era da paz e do bem e sempre teve bom relacionamento com os vizinhos”, conta a cunhada Leonida do Amaral Trachta da Silva, esposa do irmão mais velho de Eleuzi.

A reportagem do Midiamax também entrou em contato com algumas autoridades de Batayporã, mas até o momento não obteve nenhum retorno.

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