Seu vizinho cria mosquito? Saiba como denunciar criadouros do Aedes em Campo Grande
Com o aumento expressivo do número de notificações de dengue no primeiro mês de 2019, o mosquito Aedes Aegypti preocupa a população já que 80% dos focos estão dentro das próprias residências. O que pouca gente sabe é que é possível denunciar aquele vizinho que tem uma verdadeira criação do mosquito dentro de casa e […]
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Com o aumento expressivo do número de notificações de dengue no primeiro mês de 2019, o mosquito Aedes Aegypti preocupa a população já que 80% dos focos estão dentro das próprias residências. O que pouca gente sabe é que é possível denunciar aquele vizinho que tem uma verdadeira criação do mosquito dentro de casa e ele ainda pode ser multado.
O número de notificações de dengue em Campo Grande impressiona, já que foram 374 casos notificados em 2018 contra 2.338 notificações em janeiro deste ano. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) explica que os campo-grandenses têm mais de uma opção para denunciar quem acumula lixo e favorece a proliferação do Aedes. A Ouvidoria SUS (Sistema Único de Saúde), a Sesau e o Fala Campo Grande são os canais possíveis para denúncia. Só a Ouvidoria SUS registrou 49 denúncias de casas e terrenos com potenciais criadouros do mosquito em dezembro passado.
A denúncia é encaminhada para que sejam feitas as vistorias e o pedido para que o proprietário da residência faça a limpeza do local com um prazo de 15 dias úteis. Se o prazo acabar e for constatado que o dono da casa não cumpriu com a responsabilidade, ele é notificado e pode ser multado. A multa aplicada pela Sesau varia de R$ 100 a R$ 15 mil, de acordo com o Código Sanitário Municipal. “Esse valor depende se o infrator é primário, se é reincidente e se a gravidade da infração para a gradação do valor da multa”, explica a Secretaria.
Caso os criadouros do mosquito da dengue estejam em um terreno baldio, a denúncia pode ser feita pelos mesmos canais de comunicação, mas é a Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) que fará a fiscalização e autuação dos locais. No caso de terrenos, a multa pode chegar a R$ 9 mil.
De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, o último LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti) aponta que 80% dos focos do mosquito foram encontrados em residências. Os outros 20% representam outros estabelecimentos, como empresas, comércios, indústrias e outros. “Portanto, é muito importante que a população adote medidas de controle e eliminação dos possíveis criadouros do Aedes dentro do quintal e da residência. Com esforço coletivo e participativo da comunidade, conseguiremos diminuir o índice de focos e, consequentemente, os casos notificados”, explica.
Como denunciar
Para denunciar residências e terrenos baldios com criadouros de mosquito da dengue, procure a Ouvidoria SUS pelo telefone 3314-9955, o atendimento é feito das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira – exceto feriados. Também é possível fazer a reclamação pessoalmente na Sesau, localizada na rua Bahia, nº 280, das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira – exceto feriados. Outra forma para denúncias é o Fala Campo Grande pelo 156 ou pelo aplicativo disponível para smartphones.
10 dias contra o Aedes
Com o aumento de notificações de dengue, a Prefeitura lançou nesta semana a campanha ’10 dias contra o Aedes’, que contará com 198 equipes de UBSs (unidades básicas de saúde) e de UBSF (unidades básicas de saúde da família), somando 3.280 profissionais.
A campanha contará com o trabalho de agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos, que estarão mobilizados nas ações simultâneas de combate ao mosquito. Durante os dez dias, os profissionais devem atuar em conjunto nas sete regiões urbanas da Capital para fazer a vistoria de imóveis, terrenos baldios e dar orientação dos moradores.
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