Os servidores da em fizeram uma paralisação nesta quinta-feira (6) para protestar contra a jornada de oito horas de trabalho, imposta pelo Governo do Estado. A paralisação durou uma hora e meia e reuniu cerca de 50 servidores. Eles apontam que, com o regime de seis horas, a Casa da Saúde consegue atender durante o dia todo, sem pausa para o almoço, e que com a mudança de jornada, isto não seria possível.

Segundo servidores, com o regime de seis horas, o atendimento de 600 a 800 pessoas por dia é realizado em dois turnos, sem pausa. Com a troca de regime, eles teriam que trabalhar quatro horas, parar para o almoço, e trabalhar as outras quatro horas.

De acordo com o presidente do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social), Ricardo Bueno, os servidores fizeram paralisação por conta da falta de reajuste e pela incorporação do abono salarial, mas a prioridade é manter a jornada de 6 horas.

O presidente afirma que a categoria tenta uma negociação com o Governo e, caso queiram manter a decisão de mudar a jornada para 8 horas, é preciso que haja uma contrapartida. “Ou aumento de salário ou a criação de um vale alimentação”, afirma. As manifestações devem continuar até que o Governo tome um posicionamento a respeito das reivindicações.

Outra reclamação dos funcionários é sobre uma possível transferência da Casa da Saúde para o local onde ficava localizada a Escola Riachuelo, desativada no fim do ano passado. Os funcionários apontam que o local é de difícil acesso por meio do transporte coletivo e deve dificultar a chegada tanto de trabalhadores como de pacientes.

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou que a Casa da Saúde passará a funcionar na antiga Escola Riachuelo. “Com a reforma, que está sendo feita no local, funcionários e usuários poderão usufruir de um espaço físico mais adequado e confortável. A intenção é melhorar o atendimento à população”.

(matéria alterada às 11h14 para acréscimo de posicionamento da SES)