Mais medo? No dia do dentista, profissionais usam preto em protesto

Nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, comemora-se o dia do dentista. A data é especial para esses profissionais que se dedicam a garantir saúde e sorrisos para toda a população. Mas, em Campo Grande, especialmente os servidores municipais, não têm muito o que festejar. O Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) organizou […]

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Foto: Divulgação
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Nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, comemora-se o dia do dentista. A data é especial para esses profissionais que se dedicam a garantir saúde e sorrisos para toda a população. Mas, em Campo Grande, especialmente os servidores municipais, não têm muito o que festejar.

O Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) organizou um protesto pacífico com o objetivo de chamar a atenção para mais valorização profissional, além de demonstrar a sua insatisfação com o tratamento recebido pelo executivo municipal. Na ação, o sindicato distribuiu kits EPI’s (jalecos, máscaras, luvas) pretos para que os seus sindicalizados usem neste dia.

O presidente eleito do Sioms, David Chadid, explicou que a intenção da entidade é expor aos campo-grandenses a situação real da odontologia no município. “Por muitos anos, fomos uma profissão valorizada em Campo Grande, com reconhecimento nacional, por meio de premiações. Hoje, a situação está muito diferente, não só em relação a salários, mas também a condições de trabalho e muitas vezes a sociedade não fica sabendo exatamente o que está acontecendo. Por isso tivemos a ideia de fazer este protesto, totalmente pacífico, para chamar a atenção”, afirma.

As questões elencadas pelo Sioms são muitas, como: a insatisfação pela falta de condições adequadas de trabalho, falta frequente de EPIs adequados; falta frequente de materiais odontológicos para realizar procedimentos; equipamentos sem manutenção, com falta de peças; salas odontológicas com mofo, infiltrações e sem as mínimas condições de atendimento adequado; arroxo nos salários, por meio de cortes de auxílio distância de diversas unidades; falta de reajuste (nem mesmo a reposição da inflação); cortes de plantões; falta de pagamento do PMAQ;  atraso e desrespeito quanto ao pagamento de mudanças de letra e quinquênio; pagamento parcelado de salários; regras improdutivas de atendimento; falta de auxiliares de saúde no quadro de servidores; e falta de odontólogos para suprir a demanda da população.

A atual presidente do sindicato, Marta Brandão, reforçou que a luta da entidade é por valorização. “Os cirurgiões dentistas de Campo Grande merecem respeito, por isso nosso sindicato estará sempre em busca da valorização, seja nos embates necessários, seja em protestos, como o de hoje”, destaca.

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