Investigação apura abandono de prédio e cobra reforma do Osvaldo Cruz

Assunto de intensas negociações e discussões entre a Prefeitura de Campo Grande e a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que administra a Santa Casa, o prédio do Colégio Osvaldo Cruz volta a protagonizar ações. Inquérito aberto pelo MPMS (Ministério Público Estadual) apura o que a Santa Casa tem feito para preservar e até reformar […]

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Foto: Leonardo de França
Foto: Leonardo de França

Assunto de intensas negociações e discussões entre a Prefeitura de Campo Grande e a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que administra a Santa Casa, o prédio do Colégio Osvaldo Cruz volta a protagonizar ações. Inquérito aberto pelo MPMS (Ministério Público Estadual) apura o que a Santa Casa tem feito para preservar e até reformar o prédio.

De acordo com o inquérito, aberto em 30 de abril, a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) realizou uma vistoria técnica no local e constatou irregularidades. Atualmente, o prédio é de responsabilidade da Santa Casa.

O Jornal Midiamax foi até o prédio, localizado na Avenida Noroeste, no Centro da Capital e encontrou funcionários da Santa Casa trabalhando no espaço. Segundo um deles, as instalações são usadas, no momento, como depósito de móveis e eletrônicos da Santa Casa.

Na entrada, há alguns vidros quebrados, paredes pichadas e rachaduras nos muros, mas não existe sinal de invasão por parte de moradores de rua ou usuários de drogas, pois as salas estão vazias. No estacionamento há cadeiras de rodas, macas, transformadores e outros objetos.

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que todas as exigências da Semadur foram atendidas, conforme se pode verificar em despacho do promotor do caso no próprio Inquérito dado no dia 25 de fevereiro, onde informa que o mesmo foi aberto por expiração do prazo para dar segmento à notícia fato.

“Embora a vistoria primeira tenha sido realizada antes da recuperação realizada pela ABCG, as condições mudaram de lá para cá e o reparo da cobertura realizado foi, justamente, com o objetivo de sanar as condições precaríssimas em que estava o prédio, deixando o mesmo, inclusive, em sério risco de desabamento devido à destruição de sua estrutura e telhado”.

“Informamos que a segunda etapa da recuperação prevê o restauro total do prédio a ser realizado por profissionais aptos e dentro das exigências da Semadur e órgãos de preservação do patrimônio histórico, porém esta etapa depende do pagamento de precatório fruto de ação ganha contra a Prefeitura Municipal de Campo Grande por conta da forma que o prédio foi devolvido”, informou.

Devolvido pela prefeitura

Em fevereiro de 2015, por decisão judicial, o prédio, que era usado pela Prefeitura, foi devolvido à ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande).

O executivo usou o local por 8 anos e não pagou o aluguel durante o período de intervenção da Santa Casa. Os débitos em atraso chegaram a R$ 1,8 milhão. Neste ano, o antigo colégio ganhou um novo teto, mas a restauração teve que ser interrompida por falta de verba.

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