Fronteira continua fechada e reunião definirá entrega de carta de renúncia a Morales
A fronteira entre a Bolívia e Corumbá, distante a 444 quilômetros de Campo Grande segue fechada nesta quinta-feira (7) e entra no seu 16° dia de protestos contra o governo Evo Morales, eleito na última eleição que aconteceu no mês de outubro. Cidades bolivianas como Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez são as principais […]
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A fronteira entre a Bolívia e Corumbá, distante a 444 quilômetros de Campo Grande segue fechada nesta quinta-feira (7) e entra no seu 16° dia de protestos contra o governo Evo Morales, eleito na última eleição que aconteceu no mês de outubro. Cidades bolivianas como Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez são as principais entradas fechadas.
A alegação dos manifestantes é que a eleição foi fraudada e por esse motivo, seguem pedindo a recontagem dos votos e um possível segundo turno. O presidente ingressou o seu quarto mandato na história.
A fronteira, de acordo com o Diário Corumbaense, entulhos, caminhões e carros bloqueiam a travessia de veículos nas pontes. A passagem está sendo liberada para pessoas a pé e a entrada de emergências, como ambulâncias.
O bloqueio na estrada Bioceânica impede a saída e chegada de ônibus de viagem nas cidades fronteiriças com Corumbá. Os terminais rodoviários de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, onde o fluxo de passageiros é sempre intenso, estão fechados.
Carta de renúncia
Nesta quinta-feira, o presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho explicou que durante a tarde, haverá uma reunião com os organizadores sociais e o Conade para determinar a data e a hora que farão a entrega da carta com a renúncia do presidente Evo Morales. A medida já é de conhecimento do governo boliviano.
O Ministério do Governo ao saber da possibilidade de entrega da carta, indiciou que a caixa de correspondências da Casa Grande del Pueblo estaria habilitada para que o comitê deixasse o documento ao presidente do país, entretanto, Camacho entendeu que não deveria ser desta maneira.
“A carta não será entregada a nenhuma correspondência, a mesma será entregada publicamente, com os veículos de comunicação e as portas abertas ao senhor Morales para que as pessoas possam expressar seus sentimentos e fazer a entrega pública da carta e da Bíblia. A carta não será entregue ao prédio que se concentrou uma festa onde o luxo, o ódio, o ressentimento, o racismo e o desprezo estão concentrados no povo boliviano, mas serão entregues no histórico Palácio Queimado”, disse Camacho durante entrevista coletiva.
De acordo com o diário boliviano El Deber, o presidente do comitê chegou na cidade de La Paz na quarta-feira (6) com a intenção de obter a renúncia do presidente Evo Morales.
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