Em protesto, família de morto por policiais no Noroeste pede investigação do caso
Aproximadamente 50 pessoas, amigos e familiares ser reuniram em um protesto na tarde deste sábado (18), pedindo justiça pela morte do motoentregador, Luiz Fernando Duarte IFran, 41 anos, no último dia 4, no Jardim Noroeste. Eles fizeram uma caminhada pelo bairro Leon Denizart Conte, onde Luiz morava com a esposa e as enteadas, com cartazes […]
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Aproximadamente 50 pessoas, amigos e familiares ser reuniram em um protesto na tarde deste sábado (18), pedindo justiça pela morte do motoentregador, Luiz Fernando Duarte IFran, 41 anos, no último dia 4, no Jardim Noroeste.
Eles fizeram uma caminhada pelo bairro Leon Denizart Conte, onde Luiz morava com a esposa e as enteadas, com cartazes e faixas pedindo a solução do caso.
Assim, como no velório de Luiz, os amigos e a família, pedem que seja ouvida não só a versão a polícia. “Era um amigo, trabalhador, pai de família, e excelente companheiro. Eu decidi organizar o protesto em homenagem para que não só a versão da polícia seja divulgada, mas também a versão dos amigos e familiares que tem certeza de que a história foi outra. ”, disse Jurandir Radighieri, líder comunitário do bairro.
Segundo a família, Luiz era motoentregador e prestava serviços para os Correios, e na noite em que foi morto, ele estaria retornando da casa de familiares que moram na região da Comunidade Tia Eva. “Era umas 22h40 quando eu liguei pedindo para ele voltar para casa, ele disse que em 10 minutos chegaria, eu fui dormir. Por volta da meia noite, eu acordei com a ligação de uma vizinha dizendo que ele havia sido preso. Quando sai na frente de casa eu vi os policiais, mas não sabia que ele estava morto”, conta Solange Aparecida Nascimento Rocha Ifran, 41 anos, viúva de Luiz.
Ao Jornal Midiamax, Solange disse que só foi saber que o marido estava morto às 5h quando chegou na Santa Casa. “Os policiais só me disseram que tinham baleado ele e levado para a Santa Casa e me mandaram esperar, mas quando eu cheguei lá descobri que ele estava morto.
Solange contou que estava junto com o motoentregador há 7 anos, e que mesmo não tendo filhos juntos, ele era como um pai para as duas meninas fruto de um relacionamento anterior da atendente. ““Luiz estávamos juntos há 7 anos. Ele era nota 10, simples, trabalhador, ele corria atrás de realizar os sonhos dele, nós não tínhamos filhos, mas ele era um pai excelente cuidava muito bem das minhas filhas”, conta.
“Ele tinha o sonho de ter a casa própria, realizamos isso ano passado, mas ele logo teve um fim porque atiraram nele”, conclui.
Na passeata, os vizinhos ressaltam a versão de que quando abriram a porta do carro, Luiz já caiu imóvel. “Nós vimos ele morto já, quando abriu a porta do carro ele já estava morto, disseram”.
Nas ruas do bairro, todos endossam a versão de que Luiz não tinha problemas com bebida, era um cara tranquilo. “Ele nunca teve problemas aqui, não tinha arma, estava sempre de boa pelo bairro com todo mundo. Era trabalhador, pagava as contas em dia”, disseram.
Para a mãe, Nina Duarte IFran, 68 anos, Luiz é o filho que foi tirado dela. “Ótimo filho nunca teve problema de disciplina e nunca teve envolvimento com drogas ou arma. Queremos justiça. Tá tudo tão perigoso hoje em dia, vivemos com medo”, conta com pesar.
A esposa acredita que Luiz tenha tentado fugir por estar sem a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e com a documentação do veículo atrasado, mas afirma que Luiz nunca teve arma.
Versão dos PMs: fuga e até disparos
Ao realizar uma conversão à esquerda, ainda conforme os policiais envolvidos relataram, ele teria efetuado disparos em direção à viatura, momento em que os policiais teriam revidado. Após os primeiros disparos, ele ainda teria descido do veículo, na rua Ferreira Viana, com a arma em mãos.
Ao ser atingido, na versão dos policiais, ele teria soltado a arma e caído. Os PMs não informam quantos tiros foram disparados contra o motoentregador e alegam que não sabem devido à ‘rapidez dos fatos’. A equipe ainda registra que prestou socorro no local e levou a vítima para Santa Casa.
Na versão dos policiais militares, a Perícia ainda teria sido acionada e uma arma calibre 32, teria sido encontrada com 5 munições deflagradas.
O Crime
Segundo o registro oficial, Luiz teria sido alvejado após fugir e supostamente disparar contra a guarnição, durante uma abordagem da PM (Polícia Militar). Quem viu o episódio, no entanto, relata que o homem estacionou em frente de casa e, quando os policiais abriram a porta, já caiu do carro imóvel, desarmado.
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