Com 256 multas em seis meses, caçambeiros reclamam de perseguição

Nos últimos seis meses, os caçambeiros de Campo Grande levaram 256 multas por irregularidades na coleta de resíduos. Na manhã desta quinta-feira (21), os trabalhadores foram à Câmara Municipal para reclamar do excesso de notificações e tentam negociar uma notificação prévia. O presidente da ACLBM (Associação Campo-grandense de Locação de Bens Móveis), Bruno de Brito […]

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Nos últimos seis meses, os caçambeiros de Campo Grande levaram 256 multas por irregularidades na coleta de resíduos. Na manhã desta quinta-feira (21), os trabalhadores foram à Câmara Municipal para reclamar do excesso de notificações e tentam negociar uma notificação prévia.

O presidente da ACLBM (Associação Campo-grandense de Locação de Bens Móveis), Bruno de Brito Curto, usou a tribuna para expor a reivindicação da categoria. Segundo ele, as multas excessivas têm tirado o sono dos trabalhadores e desde a instituição do sistema e-CTR (Controle de Transporte de Resíduos por Meio Eletrônico), as notificações são cada vez mais frequentes.

“Se continuar desse jeito, não teremos como continuar trabalhado. Iremos trabalhar só para pagar multas”, reclama. Uma das demandas da categoria é que seja emitido um aviso prévio sobre as irregularidades, antes de multar.

Entre regras, o resíduo não pode ultrapassar o topo da caçamba, é preciso ter o adesivo refletor e a caçamba deve estar pintada.  A categoria justifica que há multas sobre irregularidades que fogem ao controle dos caçambeiros. Segundo eles, a caçamba sofre com os atritos da obra e as ruas estão sujeitas ao vandalismo. “Queremos tirar os abusos e corrigir sistema”, disse o presidente da associação.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, estava presente na Casa de Leis e afirma que não há qualquer previsão para um aviso antes da multa. Segundo ele, a lei que trata sobre os resíduos de construção é de 2010 e não houve novidades com o decreto de 2018. Janine argumenta que o que mudou foi a fiscalização, que era manual e agora é eletrônica, logo a Prefeitura teria mais controle sobre o serviço.

Segundo o diretor-presidente, o e-CTR foi implantado apenas em setembro do ano passado e 256 multas foram cadastradas. Como as multas estão distribuídas entre 89 empresas em seis meses, não é um número alto.

O titular da Semadur (Secretário Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Luis Eduardo Costa, explica que o e-CTR veio ajudar no combate ao crime ambiental de descarte irregular de lixo e evitar que ruas virem estacionamentos de caçamba, que trazem problemas para a cidade.

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Marinete Pinheiro
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