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Cotidiano

Após criança engolir veneno de rato em Campo Grande, especialista alerta para cuidados

No último domingo (27), o caso do pequeno Thales Eduardo Almeida Medeiros, 3 anos, que ingeriu veneno para ratos, acendeu um alerta para os pais sobre os cuidados com substâncias tóxicas como venenos e produtos de limpeza, em casa. De acordo com a mãe, Eliane Maiara Almeida dos Santos, 23 anos, o menino ingeriu raticida […]
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(Imagem Ilustrativa)
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No último domingo (27), o caso do pequeno Thales Eduardo Almeida Medeiros, 3 anos, que ingeriu veneno para ratos, acendeu um alerta para os pais sobre os cuidados com substâncias tóxicas como venenos e produtos de limpeza, em casa.

De acordo com a mãe, Eliane Maiara Almeida dos Santos, 23 anos, o menino ingeriu raticida por volta das 17h do domingo, quando teria subido em um balde para pegar brinquedos no guarda-roupas e acabou se deparando com o pacotinho do veneno. “Nós vimos o pacote caído e então fui olhar direito na boca dele e vi que tinha resquícios do veneno. Já corremos, demos banho nele e levamos para a UPA do Nova Bahia”, contou a mulher.

Na unidade de saúde os procedimentos, de acordo com Eliane, foram rápidos e assim que o teste de coagulação mostrou o problema, o médico Sandro Benites, coordenador do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), foi acionado. “Chamaram o doutor Sandro e rapidamente ele veio, fez uso do carvão ativo para não piorar a situação e então o Thales ficou em observação”, contou.

Assim que confirmado o envenenamento, o menino foi encaminhado para o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), onde ficou em observação e também recebeu o antídoto a base de vitamina K. Segundo a mãe, unidade hospitalar foram feitos dois testes de coagulação e na terça-feira (29), Thales recebeu alta e foi para casa.  “Ele está bem agora, a vitamina K fez feito rápido, ele está brincando. Na quinta-feira vamos voltar na unidade de saúde para recolher exames novamente”, contou.

Cuidados

O drama vivido por Thales e sua família reacende uma preocupação que acaba ficando no esquecimento, que são os cuidados com o armazenamento das substâncias tóxicas, principalmente quando existem crianças em casa.

Em conversa com o coordenador do Civitox, ele destacou ao Jornal Midiamax a importância das medidas preventivas, principalmente quando se tem crianças pequenas em casa. “Uma criança não tem noção do perigo e dos riscos que as substâncias acontecem, por isso a prevenção precisa ser ativa. Ninguém tem energia suficiente para olhar uma criança 24h por dia. Os relatos dos casos de intoxicação geralmente começam com a frase ‘foi um momento de descuido’, por isso é importante prevenir ativamente”, explicou o toxicologista Sandro Benites.

O especialista relata que para menos de 5% dos casos de intoxicação há o antídoto. “Nesse caso do raticida cumarineco, existe a vitamina K e por sorte quando o médico da unidade de saúde me acionou eu estava próximo ao local. A ação dessa substância é muito rápida, quanto menor a criança, menor o peso, mais rápida a ação do veneno. Vemos muitos casos de crianças que morrem por intoxicação. É muito sério e precisamos tomar todos os cuidados em casa”, informou.

Entre os cuidados principais, Sandro afirma que o mais eficaz ainda é mudar a forma como armazenamos os produtos de limpeza, higiene, remédios e venenos. “Se você entrar na maioria das casas vai ver os produtos na parte mais baixa dos armários, embaixo das pias ou dos tanques, isso é errado. Ainda existem pessoas que usam soda cáustica para fazer sabão, isso aumenta o risco, é uma economia burra porque ela é extremamente corrosiva. Precisamos guardar os produtos em locais longe do alcance das crianças”, afirma.

Já nos casos em que a intoxicação aconteceu, a recomendação é que leve a criança imediatamente para uma unidade de saúde. “Qualquer medida tomada em casa é desnecessária e pode agravar a situação. Provocar o vômito é extremamente perigoso. Quando ocorre a intoxicação a criança precisa ser levada imediatamente para uma unidade de saúde que aciona o Civitox aumentando a chance dessa criança sobreviver”, conclui Sandro.

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