Um aluno do 7º ano do ensino fundamental de uma escola particular de foi afastado das aulas após ser apontado como autor de ameaça de massacre na unidade escolar. O jovem teria, inclusive, lista com nome de colegas e professores que seriam alvos do suposto ataque.

O caso teria ocorrido na última terça-feira (9), quando o estudante teria dito a uma colega da mesma sala para não comparecer à aula no dia seguinte, porque “algo iria acontecer”. A menina teria relatado o caso aos pais, que interpelaram a diretoria da escola.

Após serem informados que a expulsão do jovem deveria passar por certa tramitação, alguns pais procuraram delegacias para registrar boletim de ocorrência. Porém, diversas mensagens de áudio no WhatsApp, em grupos de pais de alunos, relatam medo de mandar os filhos à escola sem que haja providências da diretoria.

Em um comunicado, a diretora pedagógica da escola afirmou aos pais que medidas já estão sendo tomadas. A nota destaca que os pais da criança já foram acionados e que o estudante foi afastado até a próxima segunda-feira (15), para atividades domiciliares, e que ao retornar, passará por revistas para ter acesso à escola.

Em um arquivo de áudio do WhatsApp direcionado aos pais, a diretora pede paciência aos pais e também relatou que há recomendação para acompanhamento pedagógico do aluno desde que ele estava no 4º ano. O estudante também já teria iniciado tratamento psiquiátrico, por orientação da escola.

A diretora também destacou que sugeriu aos pais do aluno para verem se não seria o caso de pedirem a transferência para outra escola, visto que há problemas reincidentes de comportamento e que talvez um novo ambiente seja melhor.

A diretoria foi procurada para comentar, e a reportagem aguardo manifestação oficial. Em nota aos pais, no entanto, a diretora da escola afirma também ter registrado boletim de ocorrência sobre o fato.

Ameaças em escolas

Após a tragédia em Suzano (SP), ocorrida há menos de um mês, ameaças de ‘massacres’ caminham para se tornarem rotina em escolas de Mato Grosso do Sul. Já são ao menos dez relatos de ameaças desde a tragédia na escola paulista, a maioria na rede pública estadual.

Em comum, a maioria das ocorrências reportadas apontam a existência de redes wi-fi – provavelmente roteadas de celulares – que são nomeadas com dizeres ameaçadores. No primeiro caso registrado, na última quinta-feira (28), policiais foram acionados e alunos de uma escola estadual no bairro Vilas Boas passaram por momentos de pavor quando constataram existência de uma rede Wifi com o nome ‘Massacre14h40’.

Já na noite da quarta-feira (10), um jovem de 18 anos foi levado para a delegacia depois de espalhar ameaças de massacre em uma escola estadual de Campo Grande. A polícia foi chamada por volta das 20h50 quando se descobriu as ameaças feitas através de uma rede Wi-Fi, na escola estadual Hércules Maymone, onde estava “massacre Hércules às 20h30”. Perante aos policiais, o jovem teria chorado e dito que era só brincadeira.