Prefeitura descarta reduzir impostos para compensar prejuízo de lojistas do Centro

Obras do Reviva Campo Grande derrubaram vendas em até 70%, segundo comerciantes

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse que descarta reduzir impostos para beneficiar lojistas que amargam até 70% de perdas financeiras devido à queda de consumidores causada pelas obras do Reviva Campo Grande na Rua 14 de Julho. Comerciantes viam na medida uma forma de amenizar os prejuízos que devem ter durante as obras.

A alternativa apresentada pela CDL-CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande) seria ter do município do governo estadual a redução de tributos como o ISS (Imposto Sobre Serviços) e o ICMS (Imposto Sobre Circulação De Mercadorias E Serviços), como benefício às empresas afetadas diretamente pelas obras do Reviva Campo Grande.

No entanto, Marquinhos avalia não ser possível tomar tal atitude, pois acredita que após a revitalização da área central o comércio local vai ter valorização e as vendas vão subir “naturalmente”. Além disso, questiona se caso haja redução de tributos agora, em contrapartida poderia aumentá-los após as obras e o crescimento do faturamento.

“Durante esses dois meses, diminui a sua venda e você vai diminuir os seus impostos; e a partir do momento em que aumentarem suas vendas, vocês [lojistas] vão aumentar os impostos?”, ponderou Marquinhos durante agenda pública nesta sexta-feira (6).

“Isso vai ser compensado com certeza absoluta. Vai ser valorizado todo o ambiente para eles [lojistas], vai atrair muito mais gente do que estava atraindo, eles sabem disso. Do jeito que estava o Centro estava fadado a um velório com poucas pessoas”, complementou o prefeito.

Problemas

Os comerciantes já se reuniram com a administração municipal para apontar problemas, como mudança no planejamento original que pegou os lojistas de surpresa. Uma delas, são as obras que começaram no trecho entre a Rua Maracaju e a Avenida Mato Grosso, que estava previsto para um momento posterior.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Adelaido Vila, ressalta que os lojistas foram pegos de surpresas em um período de renovação de estoques.

“Nós voltamos a ressaltar que apoiamos o projeto, mas temos grande preocupação com a sobrevida dos empresários, que se não tiverem o apoio necessário não chegarão ‘vivos’ no final das obras. É essencial que a administração tenha sensibilidade para com os empresários e não tome novas atitudes sem comunicação prévia”, frisou Adelaido através de nota divulgada pela CDL-CG nesta semana.

A prefeitura propôs ações para minimizar o impacto das obras, como reuniões para informar o andamento e cronograma, implantação da sinalização visual para que os clientes sejam estimulados a fazerem compras mesmo com as obras, eventos de venda periódicos, com fechamento de ruas e atrações culturais, além de campanha de estímulo ao comércio na região central.

Conteúdos relacionados

chuva