No sexto dia de greve, a presença de políticos não está sendo bem-quista pelos caminhoneiros, paralisados no Posto Caravaggio, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. Apesar disso, no local, os grevistas dizem que qualquer pessoa que se identifique com a causa pode somar ao movimento, que perdura desde a última segunda-feira (21).

Cerca de 300 veículos de carga estão parados no local, conforme apurou a reportagem do Jornal Midiamax. “Estamos ao lado da população e não queremos somente a redução do preço do diesel, o que queremos é a redução do preço do combustível em geral, que afeta todo mundo”, disse o grevista Gilfredo Gomes Salles, de 46 anos.

O caminhoneiro afirmou que o movimento é pacífico e que somente o apoio da população pode fazer com que o objetivo seja alcançado. “Nosso protesto é civilizado e feito de maneira ordenada, por isso chegamos até aqui. Só com o apoio da população vamos conseguir mudar alguma coisa nesse país”, garantiu.

A reportagem acompanha de perto a manifestação dos trabalhadores e, a todo momento, motoristas que passam pela BR-262 sinalizam apoio à causa. Mantimentos e produtos de extrema necessidade são levados pela população e por outros movimentos que também apoiam a greve.

De tempos em tempos, chegam carne, frutas, água, gelo, refrigerantes, copos e pratos descartáveis, levados espontaneamente por apoiadores e, ainda, por movimentos como o Chega de Impostos e Pátria Livre. Um carro de som também foi cedido para os trabalhadores expressarem suas ideias.

Os grevistas também planejam sair em carreata e cortar a cidade, do posto Caravaggio, que fica na região leste, até a avenida Duque de Caxias, na outra ponta de Campo Grande, região oeste. A carreata deve ter início ainda no início da tarde deste sábado (26).