Carreata na Afonso Pena reúne secretarias, ONGs e população no combate ao uso de drogas
A prefeitura conta com 11 comunidades terapêuticas parceiras e 300 vagas sociais para tratamentos são custeadas
Nathália Rabelo, Danielle Errobidarte –
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A Avenida Afonso Pena amanheceu com movimentação diferenciada nesta segunda-feira (27) em Campo Grande. Isso porque secretarias, ONGs e população se reuniram para passeata de conscientização sobre o combate ao uso de drogas e substâncias psicoativas.
Bárbara Mesquita, da SDHU (Subsecretaria Municipal de Direitos Humanos), é responsável pelo evento e explicou que a prefeitura conta com 11 comunidades terapêuticas parceiras e 300 vagas sociais para tratamentos são custeadas.
Ela ainda explicou que esta é a 2ª edição do evento em alusão ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro. Como a data caiu no Carnaval, organização preferiu adiar a carreata para conseguir mobilizar mais efetivamente a população. Além da SDHU, participaram também o Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Metropolitana, Semed (Secretaria Municipal de Educação), Semu (Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Conforme organização, mais de 100 carros e motos participaram do evento. Além disso, participantes estão com faixas com mensagens de conscientização.
“Ia morrer naquele vício”
Dayane Souza Santos, de 34 anos, é ex-usuária de drogas. Ela é assistida pela ONG Abrigo Casa da Criança Peniel, de Campo Grande. Ela contou à equipe de reportagem que o primeiro contato com as drogas foi aos 12 anos e passou 15 anos da sua vida morando nas ruas se drogando.
Há três meses em tratamento no local, ela afirma gostar de participar de todas as atividades e só encontrou o espaço após ser informada por uma amiga.
“Eu procurei a casa porque estava cansada de viver na rua e viver no meio das drogas. Eu estava vendo que ia morrer naquele vício. Hoje, graças a deus, eu me encontro liberta. Agradeço a deus todos os dias por não estar mais na rua”, afirma.
Cintia Matos, 57 anos, é monitora da Casa Peniel há sete anos e explica que local é assistido pela prefeitura. Assim, ONG atende 20 meninas e 45 meninos. Além disso, oferece atividades terapêuticas para tratamento dos vícios, horta, aulas de artesanato e atendimento psicológico.
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