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Cotidiano

Professores e servidores lotam praça Ary Coelho em protesto por plano para a educação

Mobilização nacional reúne caravanas do interior do Estado em carreata pelas ruas da região central
Karina Campos, Clayton Neves -
professores
Dezenas de pessoas no movimento (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Profissionais da educação estão mobilizados em torno da pauta nacional da categoria “O Plano Nacional de Educação como Política de Estado e as Urgências da Educação Brasileira”. As caravanas, que reúnem e servidores de Mato Grosso do Sul, lotam a praça Ary Coelho na manhã desta quarta-feira (24), para uma carreata pelas ruas do Centro de Campo Grande.

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, explica que a categoria segue a pauta da 25ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que debate o plano nacional em discussão no Congresso Nacional, com vigência programada até 2034.

“O projeto foi elaborado pela conferência de educação em janeiro para estabelecer todas as metas e objetivos da educação pública para os próximos dez anos. Essa é a principal reivindicação da educação no Congresso Nacional, que deve ser votada até o meio do ano. O segundo ponto muito importante é a revisão do ensino médio, que já está em andamento no Congresso Nacional. Queremos que o Legislativo vote. Queremos uma educação pública melhor e também valorização dos trabalhadores da educação no Brasil”.

Sobre o parâmetro salarial para servidores no Estado, Jaime o classifica como positivo, entretanto, questiona a necessidade frequente de de aprovados e a realização de novos concursos públicos.

“Temos muitos professores convocados que não se enquadram nessa regra de melhor salário do Brasil. Recuperar o salário desses colegas, realizar concurso público em todo o Estado atualmente, é uma meta importante. Assim como nas redes municipais, queremos ampliar a oferta da educação infantil. É urgente que nossas prefeituras cumpram seu papel na educação. A educação infantil é obrigação dos municípios e dos prefeitos”.

Gilvano Kunzler Bronzoni, presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), reforça que a categoria busca a implementação de 6% de reajuste para educadores de 20h semanais na rede pública municipal. Ele menciona negociações em 2022, mas com uma proposta aprovada com 52% de diferença do piso salarial.

“É preciso defender a pauta dos 100%, porque isso é legislação e é direito, é a avaliação do magistério em Campo Grande. Na rede estadual, chegamos a 90% como professor, enquanto o professor convocado ainda ganha bem menos. A questão da carreira do magistério, que também é um direito do Estado, está parada desde 2009 em Campo Grande. Hoje, estamos na categoria que mais adoece, e isso tem raízes no poder público. Nós avaliamos nossa realidade há algum tempo, e a pandemia também mostrou isso como categoria: somos os que prestam o serviço público mais essencial à população. Nós atendemos quase 160 mil pessoas todos os dias em Campo Grande. Os professores têm trabalhado em condições adversas, muitas vezes sem o material adequado, sem as condições de trabalho adequadas, sem a valorização necessária, mas têm trabalhado, formando. Não teríamos jornalistas, vereadores, deputados, advogados, juízes se não fosse a educação, os professores”, descreve.

Fazem parte da caravana, além da Capital, servidores de Água Clara, Anastácio, , Amambai, Bela Vista, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Dourados, , Glória de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Itaquiraí, Jardim, Ladário, Mundo Novo, Naviraí, Paranaíba, Pedro Gomes, Ponta Porã, , Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas, Tacuru e Vicentina. Também participam do ato servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que aderiram à greve.

O grupo percorre ruas próximas à praça, saindo pela Rua 15 de Novembro, 14 de Julho, Marechal Rondon, 13 de Maio e retornando à praça.

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