O Ceinf (Centro de Educação Infantil) Professor Eloy Souza da Costa foi tema de notícias no início do mês depois da fuga de meninos de dois anos. Treze dias depois, a diretora foi afastada por dois meses e deixou o cargo.

A decisão foi publicada em Diário Oficial na segunda-feira (20), quando a (Secretaria Municipal de Educação) decidiu afastar a diretora preventivamente pelo prazo de 60 dias ou até a conclusão do processo. A situação deixou pais e responsáveis preocupados.

Em nota, a Semed informou que duas técnicas ficam no Ceinf provisoriamente até a conclusão da sindicância. “Neste momento tem quatro técnicas acompanhando os trabalhos da unidade. Desde o início da abertura da unidade, hoje pela manhã, as técnicas estão recebendo os pais”, disse. A secretaria confirmou o afastamento da diretora e disse que toma medidas legais pertinentes ao caso.

Uma mãe, que não quis se identificar, entrou em contato com o Jornal Midiamax e disse que alguns responsáveis estão revoltados porque a diretora é uma boa profissional. “Nos disseram que estão tomando medidas e que pais não devem se preocupar. Começamos a nos organizar, vamos tentar conversar com o prefeito, até fazer um abaixo-assinado pedindo para ela voltar. A diretora é muito boa, não acho que ela deva ser responsabilizada”, afirma.

Ana Paula, de 30 anos, é mãe tem duas crianças no Ceinf e também não concorda com o afastamento. Ela afirma que a decisão é injusta e espera que a diretora possa retornar ao cargo. “Ela é ótima, cuida dos meus filhos como mãe”, conta.

A fuga dos meninos

No dia 7 de novembro, duas crianças de pouco mais de dois anos fugiram do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Professor Eloy Souza da Costa, no Jardim Tijuca, em . Os meninos saíram por um portão lateral do estacionamento do Ceinf e até atravessaram correndo a Rua Souto Maior, uma das mais movimentadas da região.

A mãe da criança registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e a Semed afirmou que abriu sindicância para apurar o caso. Na mesma semana, o caso dos bebês fujões ganhou novo desdobramento após reunião entre a mãe de um dos alunos e a diretora do Ceinf. Durante conversa, a responsável teria sido informada que a professora da turma estava na missa na hora da fuga das crianças.

Ainda segundo a mãe, havia apenas duas profissionais cuidando da turma, metade do quadro normal. “São 3 cuidadoras e 1 professora na turma, mas uma das cuidadoras está de atestado. Entre 8h e 9h da manhã, que é o horário livre da professora e o momento em que os alunos saíram, a diretora me contou que ela estava na missa.”

(matéria editada às 11h36 para acréscimo de posicionamento)