Por Dayene Paz

Uma ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul investiga a contratação de uma funcionária fantasma pela prefeitura de Campo Grande. Nesta segunda-feira (20), o juiz David de Oliveira Gomes Filho acatou o pedido do promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri, e recebeu a Ação Civil Pública de Administrativa.

De acordo com os autos, as investigações, que contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontaram que a “funcionária” nunca exerceu suas funções perante qualquer órgão da Prefeitura de Campo Grande.

A remuneração da funcionária era de R$ 10.098,90 mensais, tendo recebido em alguns meses o valor de R$ 8.415,92.

A rotina da mulher consistia em administrar seu salão de beleza, frequentar academia e buscar sua filha na escola. Segundo a ação, os dois requeridos acobertaram o esquema. Um deles era responsável pelo atestado e assinatura da folha de ponto da funcionária. O outro, um secretário municipal, tinha conhecimento dos fatos e também não tomar nenhuma providência.

Em suas defesas preliminares, os requeridos argumentaram que não há comprovação de improbidade. Já, o juiz que recebeu a ação, salientou que somente a instrução do processo é capaz de revelar se os fatos são reais.

O Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, que informou que ainda não se manifestará sobre o caso. “Considerando que a questão está judicializada, as manifestações do Município serão formuladas nos autos nos prazos legais.”

*Matéria editada às 11h40, para acréscimo de informações