Para não paralisar atendimentos, médicos dão prazo para prefeitura negociar salário

Para a categoria, prefeitura terá 10 dias para negociar salários

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Para a categoria, prefeitura terá 10 dias para negociar salários

Para não paralisar as atividades, os médicos da Prefeitura de Campo Grande decidiram, em assembleia realizada anteontem (10), dar 10 dias de prazo para que o município tome uma decisão em relação ao reajuste salarial da categoria.  Para dar início a negociação, a prefeitura e Sinmed (Sindicato dos médicos) criaram uma Comissão de Negociação Salarial que ficará responsável por acompanhar e discutir as tratativas de eventuais reajustes com a categoria.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o comitê ficará encarregado de analisar as reivindicações, mediante estudo da disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros, além dos reflexos financeiros no regime da previdência e impacto sobre o aumento de despesa de pessoal, com observância à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

A negociação da categoria ocorre todos dos meses de maio, e neste ano, os profissionais reivindicam 27% de ajuste salarial; aumento no salário base para R$ 4.137,00, mantendo a carga horária de 12 horas para os plantonistas. A categoria também pleiteia aumento de R$ 5 mil para o atendimento nos ambulatórios 20 horas e R$10 mil para 40 horas semanais.

Outra reinvindicação é em relação a continuidade dos ganhos da produtividade SUS PSF, no valor de R$ 2.860,00, aos médicos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) e a manutenção o pagamento do adicional de especialidade, ambas já asseguradas em proposta oficializada no Sinmed/MS pela Sesau.

Do outro lado, a Prefeitura de Campo Grande pretende aumentar em mais doze horas a carga horária dos médicos, portanto chegaria a 24 horas semanais, para tentar reduzir a frequência dos plantões e, consequentemente, economizar. Para ficarem mais tempo nos postos, o município ofereceu dobrar os salários dos médicos que passaria de R$ 2,5 mil para R$ 6 mil.   Além disso, a proposta prevê a incorporação das gratificações.

Atualmente, um médico pode fazer até 24 plantões por mês, atividade adicional que pode custar até R$ 21.6 mil; cada plantão custa R$ 900. Mas com uma jornada ampliada, a lógica é de que os profissionais passariam mais tempo nas unidades de saúde e a necessidade de ‘extra’ menor. 
 

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