Eles chamavam atenção para sucateamento da Funai
Após protesto que reuniu cerca de 100 indígenas, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o quilômetro 528 da BR 0-60 foi liberado. Eles realizaram manifestação, desde as 08h53, em repúdio às mudanças e reduções na Funai (Fundação nacional do índio).
Um dos pontos questionados é a exclusão de algumas CTLs (Coordenações Técnicas Locais) no Brasil, a exemplo da de Nioaque, que foi excluída através de portaria, de acordo com a Funai.
Cortes na Funai
A manifestação desta segunda-feira (10) ocorre em coordenação com outros protestos realizados por índios em todo o país. Em alguns Estados, a sede da Funai foi ocupada.
Servidores da autarquia relatam que o orçamento é um dos menores da história da Fundação. Para cuidar da demarcação de terras em todo país, por exemplo, há hoje, somente 5 antropólogos.
A previsão, com os cortes, é de impactos negativos profundos no trabalho diário, em setores estratégicos e no campo. As áreas mais afetadas são as responsáveis pelas demarcações e a análise do licenciamento ambiental de obras que afetam Terras Indígenas, além dos escritórios regionais.
A Funai declarou, por meio da assessoria de imprensa, que em Mato Grosso do Sul, “somente a CTL Nioaque, da Coordenação Regional de Campo Grande, deixa de existir”.