Fraca influência do fenômeno em MS deve manter chuvas dentro da média

A estação mais quente do ano começa na próxima quarta-feira (21) em todo o Brasil, e em Mato Grosso do Sul, o Solstício de (a virada de estação) inicia exatamente às 6h44. Neste dia, a luz do sol deve iluminar durante 14 horas seguidas, o dia mais longo do ano. Durante a temporada, espera-se chuvas dentro da média histórica, tendo em vista, a fraca interferência do fenômeno La Niña, no Estado. A radiação ultravioleta também chama atenção para a temporada, devido a posição e duração do sol e as temperaturas máximas na casa dos 36ºC. 

O verão 2016 terminará no dia 20 de março de 2017, às 7h29, e historicamente, esses são os três meses de maior regime de chuvas de um final de ano para inicio de outro. A temperatura média ficará na casa dos 25,5ºC, máximas de 31,2ºC e mínimas de 21,5ºC, que devem variar em cada região do Estado.

O clima quente fica presente durante a estação, porém acompanhado de constantes chuvas, algumas fortes, principalmente a tarde e começo da noite. Mas de acordo com prognóstico divulgado pelo meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão Filho, os maiores acumulados de chuva se concentram, historicamente, no Sul, Sudeste, centro e Sudoeste de MS com valores médios superiores a 200 milímetros a cada mês.  A Capital apresenta chance deste tempo, até começo de março, já nas regiões norte, nordeste e leste, essas médias devem ficar em torno dos 180 milímetros em cada mês.

O aumento da temperatura do ar sobre o continente sul-americano, potencializa as chuvas acompanhadas por trovoadas, raios e rajadas de vento muito fortes. As consequências são as enchentes e inundações nas partes baixas, deslizamentos de terras, quedas de pontes, destruição de estradas, asfaltos e quedas de árvores em todos os municípios principalmente no centro-sul, sudeste e leste do Estado. 

Os modelos indicam chance de também ocorrer nas regiões Nordeste (Paranaíba, Selviria, Aparecida do Tabuado e inocência), Sudeste (Ivinhema, Angélica, jatei, novo Horizonte do Sul e Naviraí), Sul ( Paranhos e Eldorado), Sudoeste (Ponta Porã, Bela vista, Dourados, Maracaju e Sidrolândia), Central (Bandeirantes, Jaraguari e Campo Grande). 

As temperaturas no verão são elevadas. Mas não devem ultrapassar máximas de 35 graus. Assim, espera-se chance de ficar três a quatro graus acima da média em Janeiro, mais de quatro graus em Fevereiro e três graus em Março. As máximas podem chegar aos 36 graus no Leste, Norte e Oeste. As mínimas devem ficar em torno dos 21 a 23 graus.  As regiões sudeste, sul e sudoeste devem ter mínimas entre 19 e 21 graus e as máximas entre 30 graus e 33 graus. Em Campo Grande mínimas entre 19 e 21 graus e máximas entre 29 e 32 graus.

Réveillon chuvoso no Pantanal

Não está descartada entre meados fim de dezembro e meados de janeiro chuvas com altos volumes em Corumbá, Miranda, Porto Murtinho e Ladário. As chuvas começam a se reduzir em meados de Março. As atividades elétricas serão intensas, sendo estes os meses (dezembro e janeiro) de maior incidência. Chances de queda de granizo, serão raras mas dentro do provável no Centro-Sul do MS.

Influência do La Niña em MS

O verão no Brasil recebrá a passagem do fenômeno La Niña, porém o evento não está fortalecido em Mato Grosso do Sul e somado ao retorno de neutralidade, as chuvas ficarão dentro das médias históricas de cada região. 

A ausência de massas de ar que bloqueiam o avanço das frentes, devem manter os ventos em níveis médios em MS. O fenômeno ainda pode provocar curtos “veranicos” (estiagem de 5 a 7 dias), mas sem prejuízos no campo. 

Porém, na Região Sul, as chuvas podem variar (entre 400 mm e 600 mm) em media de 140 mm  a 210 mm a cada mês. Nas demais regiões, dentro da média local. A região Oeste, entre Aquidauana e Corumbá, mais uma vez segue a tendência de redução dos valores históricos, devendo receber volume abaixo das medias. 

Os totais mensais de chuva para Janeiro e Fevereiro, podem ficar dentro ou próximos das médias históricas na região Sul e Sudoeste. 

A região central, norte nordeste, o regime deve ser praticamente regular. A região oeste, deve se normalizar com chuvas mais constantes entre meados de fevereiro ao final de Março nas nascentes a sudoeste de MT na Bacia do alto Paraguai. 

No início de dezembro de 2016, a anomalia da temperatura superficial das aguas (SST), do Pacífico tropical estava próxima de (-0,5°C), isso explica o fraco La Niña. Isto não deixa de ser uma informação relevante que pode interferir no clima de verão em MS. 

Radiação UV – Ultravioleta 

Em dezembro, janeiro e fevereiro as temperaturas passam com frequência dos 30ºC. Cuidados das 10h30 às 16h devido aos raios Ultra Violeta. Essa radiação solar tem agravante de serem mais verticais, com mais horas de sol.  

No Hemisfério Sul eles projetam os raios mais nocivos. O fator se eleva em níveis perigosos na ausência de nuvens. O uso de protetor solar, chapéus, óculos e roupas adequadas, ajudam a minimizar os efeitos em pessoas de pele mais branca e consequentemente mais desprotegidas fisiologicamente.

Todos, independente da cor da pele, são expostos mais ou menos e as consequências são gravíssimas. 

Descargas Elétricas 

É alto o índice de raios no país no verão. Em média com mais de 38h no mês de janeiro (maior do ano) e 34h em Fevereiro. Medidas de proteção e prevenção contra descargas elétricas e raios nesta estação devem ser tomadas em decorrência dos fatores que facilitam a descarga elétrica. 

Não ficar em baixo de árvores, dentro de piscinas, rios e lagos, próximos a cercas metálicas, não ficar descalço em enxurradas e restringir o uso de telefones fixos e celulares, além de ficar distantes de torres metálicas e em baixo de postes elétricos. Não subir em árvores, permanecer dentro de casa ou nos carros também são opções de proteção contra os raios.
 
A maior incidência são decorrentes  das nuvens convectivas (nuvens de trovoadas) presentes com frequência em todo o estado em toda a estação.  Os índices pluviométricos associados a raios e trovoes começam a ter menor frequência no inicio de março.