Um ano após pai morrer na fila por vaga, jovem vê mãe na mesma situação

Família entrou com ação, mas idosa ainda não foi transferida

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Família entrou com ação, mas idosa ainda não foi transferida

Um drama familiar volta a se repetir para Ricardo Fagundes que, há pouco menos de um ano teve de passar pelo luto da morte do pai, Eribaldo Fagundes Malta, de 61 anos. Em junho do ano passado, o idoso morreu esperando por uma vaga em um dos hospitais da rede pública de Campo Grande. Há três dias, o jovem aguarda por um leito de CTI (Centro de Tratamento Intensivo) para a mãe, Tereza de Jesus Malta, de 66 anos.

A idosa está internada há três dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, mesmo lugar onde o marido, diagnosticado com câncer, ficou antes de morrer no dia 2 de junho de 2015. “Já perdi meu pai desse jeito. Agora é a minha mãe quem está esperando vaga”, diz com a voz de preocupação.

Para tentar apressar o leito, Fagundes entrou com ação da Defensoria Pública da Capital, no entanto, ele afirma que o prazo para que o município e/ou o Estado disponibilizem uma vaga, foi encerrado às 8 horas desta quarta-feira (10). “Eles já perderam o prazo. Precisam conseguir uma vaga para a minha mãe logo”, destaca.

Procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, a assessoria de comunicação da SES (Secretaria de Estado de Saúde) garante que a situação da liminar está sendo verificada para cumprimento por parte do Estado, no entanto, ainda não informou o prazo para que a situação seja resolvida.

Considerando que a ação foi movida também contra o município, a reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), que por sua vez, assegura que em caso de ação judicial, cumprirá a determinação, mesmo que tenha de comprar um leito em um hospital particular.

A assessoria de comunicação da Sesau ressalta ainda que ” a nossa Central de Regulação, sempre que há orientação médica para internação de pacientes, busca entre a rede hospitalar um leito disponível”, no entanto, frisa que “nem sempre com sucesso pois há superlotação nos hospitais de Campo Grande”.

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