Realocados da Cidade de Deus perdem tudo e não tem sequer banheiro para usar
Moradores estão tomando “banho de balde”
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Moradores estão tomando “banho de balde”
Todos os dias os moradores realocados da favela Cidade de Deus para o bairro Vespasiano Martins precisam enfrentar diversos desafios para viverem na região. De falta de água, esgoto, coleta de lixo e até falta de banheiro são alguns dos problemas enfrentados por quem foi para o local na esperança de ter um lar.
A promessa era que a Prefeitura iria construir 300 casas, ao custo R$ 3,6 milhões, em três bairros diferentes. No Vespasiano foram adquiridos 53 terrenos, ao custo de R$ 40 mil, enquanto que a construção das casas ficaria entre R$ 12 mil e R$ 14 mil. A prefeitura entraria com subsidio de 40% destes valores, o restante, 60%, seria custeado pelos moradores em um prazo de até 300 meses. Mas dos terrenos adquiridos, 45 já estão ocupados e nenhum ainda tem uma casa sobre o lugar.
Realocada para a região, Talita Carmem Santana, de 19 anos, grávida de 6 meses, pontua situações que já relatamos no Midiamax como falta de cuidada na transferência dos objetos da famílias, que se perderam ou quebraram na mudança, e reclama da falta de condições mínimas, como um banheiro decente para usar.
“Fiquei feliz com a mudança, pois eu esperava que aqui seria melhor. Mas vejo muitas dificuldades, principalmente na questão do banheiro. Tenho medo de pegar uma doença. São apenas quatro banheiros químicos. Estamos tomando banho no balde”, diz.
Outra reclamação é a paralisação da transferência dos demais moradores, que afastou a irmã dela. “Eu morava ao lado da minha irmã, no Cidade de Deus, era para vir junto, mas ficou para trás. E não deram previsão alguma de quando vai ser transferida”, diz.
Já Rosângela Ximenes, mãe de 3 filhos, sendo um deles um bebê de apenas um mês, diz ter perdido tudo com a chuva. “Alaga tudo e não temos banheiro, é o que mais incomoda. Não tenho coragem de usar o banheiro químico, é tudo na base do improviso”, diz.
Ela relata ter perdido móveis na mudança. “O guarda-roupa que estou pagando virou parede do barraco, já que destruiu com a chuva”, diz.
Segundo ela, os moradores fizeram valetas na frente das casas para evitar alagamentos, mas não funcionou.
Já Pedro Aguillera Gavilán, reclama que a situação era difícil e piorou com a perda do emprego da mulher. “Minha mulher foi demitida porque no dia da mudança, faltou ao trabalho. Agora estamos os trabalho e dois filhos para criar”, reclama.
Há lixo acumulado na frente das casas. Os moradores disseram que a coleta não está passando.
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