Por reajuste salarial, sindicato do transporte coletivo defende aumento da tarifa

Representantes foram recebidos por Bernal

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Representantes foram recebidos por Bernal

Depois de reunião com o prefeito Alcides Bernal (PP) e representantes do Consórcio Guaicurus na tarde desta terça-feira (6), o presidente do Sttcu (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Ferreira de Freitas disse que espera que a determinação do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), que barrou o aumento da tarifa do transporte coletivo da Capital seja revogada. Para ele, o acréscimo é única maneira de o Consórcio cumprir acordo firmado com a categoria em novembro, e conceder aumento de 8,5% no salário dos motoristas, referente a reposição da inflação.

“Não tem como pagar nosso reajuste salarial se não aumentar a tarifa do ônibus, e nós não vamos abrir mão do nosso aumento. As empresas já disseram que não tem como arcar com nosso aumento caso caso a tarifa não suba”, explica.

De acordo com Demétrio, no encontro, o prefeito afirmou que nesta terça-feira (6), enviou documentação exigida pelo TCE para justificar o acréscimo no valor do vale-transporte. Agora, cabe ao Tribunal a decisão de autorizar ou não o aumento do preço da passagem de ônibus.

Nas primeiras horas desta terça-feira, paralisação dos motoristas interrompeu parcialmente o serviço do transporte coletivo na cidade.  Conforme Demétrio, na reunião de hoje, Bernal solicitou ao sindicato que não façam novas paralisações, pedido que segundo ele será atendido temporariamente.

“Vamos aguardar o Tribunal avaliar os documentos enviados pelo Prefeito e esperamos que caia essa decisão que revogou o aumento da tarifa. Caso essa situação não seja revertida, não descartamos uma paralisação maior e mais duradoura, até porque essa é nossa ferramenta de protesto, não podemos deixar que 2 mil trabalhadores fiquem mais um ano sem”.

Reajuste

O decreto que estabeleceu novo preço para tarifa do transporte público foi suspenso, na tarde da sexta-feira (2), por determinação do vice-presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), Ronaldo Chadid. O valor passaria de R$ 3,25 para R$ 3,53 a partir da última segunda-feira (5).

Após a suspensão, a Prefeitura tem prazo para enviar a documentação pertinente e esclarecer a situação. O Executivo municipal informou que recorreria da decisão enviando os documentos solicitados.

Na suspensão, o TCE informou que irá avaliar a documentação com atenção especial, pois “é muito estranho esse aumento no final do mandato, fora de época, no apagar das luzes. Precisamos analisar com muito cuidado essa situação, principalmente porque o País passa por um momento de crise e a população, sobretudo a mais carente é a que mais sofre”, disse o presidente da Corte, conselheiro Waldir Neves.

A tarifa do transporte coletivo teve aumento de 30% nos últimos cinco anos, em Campo Grande. Entre 2010 e 2016, o valor passou de R$ 2,50 para R$ 3,25.  No mesmo período, a frota cresceu apenas 10%, passando de 537 para 593 veículos. O transporte público é alvo de reclamações por parte da população que se queixa de veículos velhos e insuficientes para a demanda.

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