Bancários protestam contra demissões e atrasam abertura de agência

De acordo com sindicato, demissões são ‘injustificáveis’

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De acordo com sindicato, demissões são ‘injustificáveis’

Em protesto contra onda de demissões feitas pelo Bradesco em todo o país, bancários de Dourados fazem uma manifestação em frente a duas agências, Centro e Prime, na manhã desta quarta-feira (25). O movimento teve início às 8h da manhã e deve seguir ao longo da manhã, atrasando a abertura dos locais que só irá atender o público a partir das 11h.

De acordo com o Seeb (Sindicato dos Bancários) de Dourados e região, o Bradesco – segundo maior banco privada do país – cortou em um ano 3.584 empregos e fechou 152 agências no Brasil. Em 2016, o banco extinguiu 1.466 postos de trabalho. Segundo o sindicato, as reduções são “injustificáveis”, pois “apenas com a receita de prestação de serviço e tarifas, a empresa cobre 137,1% das despesas de pessoal”.

A categoria ainda protesta contra a sobrecarga exigida pelos profissionais em consequência da redução do quadro funcional. O Seeb destaca que isso aumenta o índice de adoecimento entre os funcionários. “Os funcionários sofrem com estresse, porque não sabem se estarão na próxima lista de cortes. São demitidos empregados que fizeram carreira na empresa e se destacaram pelo desempenho. Na maioria, pais e mães de família, alguns prestes a se aposentar, outros com deficiência”, acrescenta o diretor de comunicação do sindicato, Joacir Rodrigues.

Manifestações semelhantes acontecem em agências do Bradesco em todo o país. O crescimento dos cortes de postos de trabalho acontece após a transação envolvendo a compra bilionária do HSBC pelo Bradesco, em agosto de 2015. A compra por por R$ 5,2 bi, permitiu ao banco brasileiro ultrapassar a marca de R$ 1,193 trilhão em ativos e se aproximar do seu principal concorrente, o Itaú. 

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