A cada dia de janeiro, 25 pessoas são internadas com suspeita de dengue

Na primeira semana foram 174 notificações

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Na primeira semana foram 174 notificações

Conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) nos sete primeiros dias do ano de 2016, foram notificados 174 suspeitas de dengue, o que representa média de 25 internações diárias em Campo Grande. Em 2015, das 13.625 suspeitas, 4.013 pacientes foram confirmados com a doença, três delas não resistiram e morreram.

Com risco de epidemia neste ano, a Prefeitura da Capital desenvolveu parceria e ações para combater o mosquito Aedes aegypti, que também transmite a chikungunya e o vírus Zika, doenças que na primeira semana do ano registraram duas e oito notificações, respectivamente.

Durante coletiva para apresentar o balanço das ações realizadas em Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP) destacou que em alguns lugares, que já receberam visitas de agentes comunitários e tiveram o lixo recolhido pelas equipes, que contam com agentes comunitários de saúde e de controle de endemias, além de aproximadamente 60 militares do Exército, terão de ser vistoriados novamente.

“A população precisa se conscientizar, a maioria dos lugares já visitados e onde o lixo foi recolhido já está sujo novamente. Tem algumas pessoas orientando mal a população, dizendo que podem jogar o lixo porque a Prefeitura vai limpar e isso não ajuda no combate à doença”.

Conforme o coronel Edson Feitosa Galvão, já foram retiradas 84 toneladas de pneus, o que representa 16.215 recolhimentos. Atualmente os trabalhos com as oito equipes do Exército são realizados no período matutino, no entanto, o coronel não descarta a possibilidade de intensificar o turno.

“Se houver demanda a Prefeitura vai nos comunicar e havendo a disponibilidade vamos trabalhar em outro turno”, declara. A Polícia Civil também auxilia nas ações. Segundo o delegado responsável pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Wilton Vilas Boas de Paula, cinco casos de crimes ambientais, por conta da presença de foco do mosquito, estão sendo investigados.

“Registramos cinco boletins de ocorrência que estão sendo investigados. Assim que identificarmos os responsáveis, vamos ouvi-los e encaminhá-los para o poder Judiciário”, explica. A pena para crime ambiental, de acordo com o delegado, varia entre um e quatro anos de reclusão. Em dezembro de 2015, uma pessoa chegou a ser presa e liberada após o pagamento de fiança.

O chefe da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Rui Nunes da Silva Júnior, ressalta que no último mês foram aplicadas 2.900 multas. O secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, observa que o objetivo das ações é “reduzir a circulação do vírus e que todas as informações estão sendo disponibilizadas ao Ministério da Saúde”.  

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