Uma semana depois de vendaval, ritmo ainda é de reparos em residenciais
No Nelson Trad, moradores não sabem se terão que arcar com prejuízo
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No Nelson Trad, moradores não sabem se terão que arcar com prejuízo
Sete dias após um vendaval atingir Campo Grande, obras de reparo nos residenciais Lenoel Brizola, região do Tijuca, e Nelson Trad, no Jardim Carioca, não foram concluídas. No primeiro, telhas foram trocadas, mas os reparos na parte interna dos apartamentos ficaram agendados para a próxima semana. Já no Nelson Trad, as telhas danificadas também foram substituídas, mas apenas sobre as residências, pois coberturas que ficam no final do bloco, assim como os vidros quebrados durante a tempestade, ainda permanecem danificados.
A presidente do conselho do Residencial Tijuca, Eliane Boviesque, explica que mesmo com danos significativos, como a residência de uma moradora onde os móveis ficaram molhados porque o telhado se soltou, o conserto foi eficiente. “No mesmo dia uma equipe veio até aqui e avaliou os prejuízos. No domingo colocaram uma lona para evitar que molhasse mais e na segunda mesmo o telhado já foi reposto”, destaca Eliane.
Nossa equipe não conseguiu contato com a moradora citada, uma vez que a mesma não estava em casa durante a visita do Jornal Midiamax ao local. Porém, o morador Sílvio Rocha, que teve o veículo amassado por um telha que caiu sobre o mesmo, informou que a Caixa Econômica Federal já se manifestou sobre os danos causados pela tempestade, afirmando que irá ressarcir os moradores pelos prejuízos. “Eu já mandei avaliar e deve ficar em torno de R$ 1,2 mil, daí na segunda-feira eu vou acionar oficialmente o seguro. Por enquanto está tudo certo, vamos ver na hora né”, comenta Sílvio.
No Residencial Nelson Trad as telhas que se soltaram atingiram alguns vidros de outros apartamentos, colocando em risco a segurança dos moradores, que devido à fragilidade do material usado, se quebraram em diversos pedaços. “O vidro do quarto da casa do sindico quebrou e caiu em cima do neném, só não aconteceu nada grave porque a ele estava enrolado na coberta”, conta Sandra de Assis, que teve a casa destelhada durante o vendaval.
Sandra também explica que foram instaladas apenas as telhas que ficam diretamente em cima das residências, já as telhas da ponta, assim como os vidros, permanecem sem previsão de concerto. Segundo a moradora, a construtora disse que não tem responsabilidade sobre danos causados por fatores climáticos e que os próprios moradores terão que arcar com os prejuízos.
Ainda segundo a moradora, a equipe terceirizada pela construtora, contratada para fazer os reparos emergenciais, se limitou a colocar as telhas onde faltava, deixando as demais soltas em cima do telhado, ou mal encaixadas. “Da primeira vez eles vieram no sábado, mas daí não pregaram as telhas, fizeram tudo rápido e pronto, daí no domingo tiveram que voltar porque um monte já tinham voado de novo”, conta Sandra.
Lucas Gomes, secretário do sindico, explicou que um fiscal da Caixa Econômica Federal foi até o local nesta sexta-feira para avaliar os danos e disse que irá encaminhar as informações para que seja feito um laudo pericial. “Ele disse apenas isso, não disse se a Caixa vai cobrir os prejuízos, ou se vai mandar arrumar, muito menos quando a gente vai ter a resposta”, acrescenta o jovem.
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