Síndico diz que dinheiro dos condôminos foi bloqueado por banco
Segundo informações, banco teria bloqueado R$ 6mi,l impedindo saque de mais de R$ 27 mil
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Segundo informações, banco teria bloqueado R$ 6mi,l impedindo saque de mais de R$ 27 mil
O síndico do condomínio Orquídea, no Residencial Nelson Trad, localizado no Jardim Carioca, na região oeste de Campo Grande, afirma que o dinheiro depositado pelos condôminos foi bloqueado pela Caixa Econômica Federal. Conforme as informações foram bloqueados R$ 6 mil, no entanto, isso impediu a retirada de outros valores depositados na conta.
Éder Pereira de Oliveira, de 30 anos, síndico do condomínio, explica que teve de criar uma conta no banco para que pudesse receber os pagamentos referentes aos vencimentos do condomínio. Além disso, ele diz que foram depositados valores de documentações que deveriam ser repassados à Caixa.
“Os 176 condôminos que moram no condomínio Orquídea depositaram R$ 150,00 cada. Desse valor R$ 90,00 eram de documentação que deveria ser entregue à Caixa e R$ 60,00 do condomínio”. De acordo com as informações foram depositados R$ 26.400. Segundo Oliveira, além deste valor, alguns moradores efetuaram outros pagamentos, totalizando R$ 27.704,12 em conta.
O síndico destaca que o combinado com o banco era que o valor seria liberado apenas com a apresentação do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) do condomínio. Sem conseguir sacar o dinheiro, os salários dos funcionários não foram pagos. “Está atrasado há dez dias. Não temos como pagar sem esse dinheiro”, justifica.
O síndico destaca que entrou em contato com a Emha e foi informado que o CNJP já foi repassado para a Caixa e que a situação deve ser solucionada pelo banco. “Eles disseram que só iriam liberar com o CNPJ, mas como estavam demorando muito para fazer isso, eu contratei um contador e consegui realizar o procedimento. Apresentei o documento para a Emha [Agência Municipal de Habitação de Campo Grande] e eles disseram que repassaram para a Caixa e que o banco que tinha de resolver”, relata.
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Emha e foi informada que os valores são referentes a uma “tratativa entre o síndico do condomínio e a Caixa Econômica Federal” e que não tem acesso aos dados.
A Emha diz ainda que enviou um ofício à Caixa com a cópia do cartão do CNPJ para que sejam tomadas as providências cabíveis. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal e foi informada que o processo de criação do CNPJ foi concluído em 15 de março, e que está “finalizando a autorização para a referida transferência para a conta aberta”.
“A Caixa Econômica Federal informa que tendo em vista a necessidade de criação de CNPJ e demora na finalização das documentações referentes à legalização das obras, sendo que tal tramitação demora aproximadamente 30 dias e a fim de não prejudicar as famílias com atrasos na entrega do referido residencial, excepcionalmente a CAIXA autorizou a abertura de conta poupança em nome de dois representantes do mesmo.
Como o processo de criação do CNPJ foi concluído em 15 de março, a Caixa está finalizando a autorização para a referida transferência para a conta aberta”, justifica o banco.
Mais reclamações – Esta não é a primeira vez que moradores reclamam de problemas no residencial. O atraso na entrega das chaves também foi pontuado por mutuários contemplados na segunda fase. Além disso, outras reclamações em relação a este condomínio foram apresentadas à Câmara Municipal no dia 24 de fevereiro.
Na ocasião, os vereadores prometeram discutir os problemas relatados pelos moradores durante audiência pública com a Comissão de Obras e Comissão de Justiça da Casa de Leis, prevista para este mês.
O Residencial Nelson Trad conta com 1.624 unidades habitacionais. Para a construção foram investidos R$ 90 milhões por meio do programa do governo Federal Minha Casa, Minha Vida.
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