Proprietários pedem melhor estrutura e atenção da Prefeitura de  

Sem dar explicações, a Prefeitura de Campo Grande retirou os quatro banheiros químicos que atendiam consumidores e proprietários de traillers de lanche da , em Campo Grande. Há 10 dias, relatam, o executivo municipal tirou as estruturas e, desde então, quem passa por lá tem que conviver com mau cheiro.

Segundo a síndica do prédio da rodoviária, Rosane Neli de Lima, a situação já não era boa quando havia apenas quatro banheiros, agora, sem nenhum deles, ficou ainda mais complicada. Ela conta que nos dias seguintes o cheiro de urina no local é ‘insuportável', pois algumas pessoas utilizam a estrutura até mesmo do prédio dos Correios, que fica ao lado, como banheiro. “É uma dificuldade terrível de manter tudo limpo”. 

A preocupação, acrescenta, é também com relação à condição dos ‘dogueiros', como são chamados os donos dos trailers de lanche, que ocupam o espaço há quatro anos,quando o então prefeito da cidade, Nelsinho Trad (PMDB), retirou as barracas de lanches e realocou os donos no espaço desocupado.

“A melhor solução, a meu ver, é definir a situação deles, se eles ficam aqui ou se serão remanejados”, opina. Ela sugere conceder o espaço, por pelo menos 15 anos, para que os próprios proprietários invistam no local sem correrem o risco de no outro dia perderem o local de trabalho pela Prefeitura.

Dono de uma das barracas do espaço, Edilson da Silva, afirma que ele e os demais donos têm pretensão de eles mesmos construírem banheiros e melhorar a estrutura do local, mas dependem da autorização da Prefeitura, que não estaria liberando, afirma.

Ao todo, são 15 barracas que funcionam das 18 horas. O horário de maior pico até as 22 horas, depois das 2 às 6 horas da manhã. Mesmo com a estrutura deficiente, o espaço vive cheio de consumidores, garantem os proprietários.

Assim que foram para o local, a manutenção do local ficou à cargo da Fundac (Fundação Municipal de Cultura). Eles prometem procurar o executivo municipal para questionar a retirada dos banheiros, mas o apelo maior, dizem, é por uma solução definitiva por parte da Prefeitura, para que os proprietários e locatários da região possam investigar com segurança em seus negócios. Se fossem alugar os banheiros, os proprietários teriam que desembolgar ao menos R$ 150 por dia por cada um. “Não tem como”. 

O local, depois da desativação do terminal, foi cogitado para ser a nova sede da Câmara Municipal de Campo Grande, que estava, à época, na briga para não ser despejada do local que atualmente ocupa. Desde então, comerciantes lutam para recuperar a região e brigam para que o poder público invista no local. “Vários projetos divulgados pela Prefeitura e todos fracassados”.

A Prefeitura de Campo Grande não pode ser acionada para responder o motivo da retirada dos banheiros, uma vez que em órgãos públicos não há expediente nos fins de semana.