Proteco tem um dia para apresentar documentação e evitar falência

Empresa pediu recuperação judicial

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Empresa pediu recuperação judicial

A Proteco Construções, propriedade de João Amorim, tem até amanhã para anexar documentos no processo em que pede recuperação judicial para evitar falência. A solicitação foi feito no mês passado mesma época em que o juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva negou pedido por falta de documentação necessária e estipulou prazo de 10 dias para anexação dos mesmos.

Na ação a empresa alega estar sem receber da Prefeitura de Campo Grande desde que Alcides Bernal (PP) retornou ao comando da gestão, em agosto deste ano. Logo depois que tomou posse o radialista suspendeu pagamento de todos fornecedores por 90 dias para realização de auditoria e também devido à crise financeira. 

“A crise econômica e os entraves políticos desta Capital abalaram o ramo em que atua, pois com a recondução de Alcides Bernal à Prefeitura de Campo Grande todos os seus contratos foram suspensos”, diz nos autos reforçando em seguida ter locação de máquinas e equipamentos “mas o valor gerado em caixa não é suficiente para liquidar as despesas e custos fixos”.

Por isso requereu dispensa da apresentação de certidões negativas de débitos tributários e a concessão do prazo de trinta dias para apresentar os documentos relacionados à legislação. Mas o juiz não deu aval. “Da simples leitura da petição inicial, verifica-se que não consta dados essenciais para a formação do convencimento do juízo, tais como valor do passivo, valor do ativo, relação de funcionários, ou seja, a petição inicial é genérica”, respondeu.  “Ademais, sem a apresentação de todos os documentos exigidos não é possível a análise do pedido da autora”, completou.

A empresa é alvo de investigação da Operação Lama Asfáltica, responsável por apurar fraudes na contratação de empreiteiras para realizar obras públicas. No final de julho o MPE (Ministério Público Estadual) recomendou ao Governo do Estado e à Prefeitura de Campo Grande que os contratos com a investigada fossem suspensos.

Sendo assim, a empreiteira foi afastada também da obra do Aquário do Pantanal a qual geria sem licitação desde o final de 2014. Devido à operação Amorim foi preso no último dia 10 junto ao ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, titular da pasta na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB).

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