Prefeitura alega dificuldades para suprir deficit de médicos em postos de saúde

Foram convocados 275 profissionais

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Foram convocados 275 profissionais

A Prefeitura de Campo Grande confirmou na manhã desta segunda-feira (3) a falta de médicos nas unidades de saúde do município. Em nota o Executivo Municipal afirma que existe um deficit de profissionais na rede, em razão do grande número de pedidos de exoneração, de cerca de 300 profissionais.

Ainda segundo a nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) teria convocado 275 médicos para compor a rede com contratação imediata, mas poucos médicos apresentaram-se.

No domingo (2) uma idosa morreu no CRS (Centro Regional de Saúde) do Guanandi, após mais de duas horas de espera por atendimento. Gladis Cruz, de 76 anos, chegou à unidade de saúde com parada cardíaca devido a complicações do mal de Alzheimer.

A idosa foi levada por parentes ao posto de saúde depois de não conseguirem atendimento pelo Samu (Serviço de Atendimento de urgência), mas ao chegarem ao CRS foram informados de que desde as 6 horas, a unidade de saúde estava sem profissionais para atender a população, e que o próximo médico a assumir o plantão chegaria só às 19 horas.

Outra paciente que espera por atendimento é dona Cícera Vasconcelos, de 77 anos. Há dois dias a idosa espera por uma vaga em um hospital, na unidade de saúde do Coophavila. A idosa de 77 anos tem hipertensão e enfisema pulmonar. A neta de Cícera Vasconcelos afirma que no domingo (2) a família conseguiu uma vaga na Santa Casa, mas por falta de ambulância para a transferência a vaga foi preenchida por outro paciente.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, Vitória Beatriz esperou por mais de 11 horas para conseguir atendimento para seu pai, de 53 anos, que tinha fortes dores nas costas. “Não tem médicos suficientes para atender todo mundo. E os outros médicos só foram chegar depois das 19 horas”, fala.

 

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