Limpeza de terrenos pela Prefeitura é maquiagem para a mídia, diz morador

Mutirão de sábado não satisfez moradores

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Mutirão de sábado não satisfez moradores

O mutirão contra o mosquito Aedes aegypti, promovido pela Prefeitura no último sábado (11), na região do Moreninhas II, não deixou os moradores muito satisfeitos. Na verdade, alguns fizeram questão de ir até a equipe de reportagem do Jornal Midiamax, durante visita ao lugar, sugerida pelo secretário de Saúde do município, Ivandro Fonsenca, para relatar a indignação com o serviço prestado pelo Executivo. “Isso aqui é maquiagem para mídia”, afirmou um senhor, ao relatar que o maquinário apenas passou por cima do mato que estava mais próximo da rua.

O motivo inicial da visita era registrar o descaso da população com a saúde pública, ao jogar novamente lixo no local, dois dias após a “faxina” feita pela Prefeitura.

O que de fato aconteceu. Várias televisões, latas, copos e sacos foram descartados novamente nos terrenos. Mas o que realmente marcou a reportagem foi a reclamação dos moradores com o serviço feito pela Prefeitura, e o desespero de dona de casa Rosimar Ferreira Aranda, de 24 anos, grávida do primeiro filho.

Sem confiar na limpeza, a futura mamãe estava abusando do repelente. O marido também demonstrou preocupação, e questionou o abandono do espaço. “Porque não utilizam esse local para fazer um parque, algo que beneficie a comunidade. Isso aí é abrigo de bandido e de usuários de drogas. A gente precisa fechar o comércio cedo porque é só escurecer que isso aqui vira um terror”, afirmou.

Na Avida Alto da Cerra, onde estão localizados os terrenos, alguns postes estão sem luz, e segundo os moradores, há mais de seis meses.

Solange Ferreira dos Santos, de 42 anos, que está com a mãe de cama por causa da dengue, também manifestou sua indignação, tanto com os moradores como com executivo, e pediu uma solução concreta para o problema. “O povo é porco mesmo, a gente precisa correr atrás para pedir que não joguem lixo, e mesmo assim eles fazem. Então a Prefeitura poderia remover totalmente o mato daqui, e eliminar de vez, qualquer foco do mosquito”, relatou.

Luiz Borges Neto, de 28 anos, que trabalha como coletor na empresa responsável pelo lixo da cidade, explicou que já cansou de ver os vizinhos usarem o local de lixão, e não sabe mais o que fazer, já falar não adianta. “Se a gente reclama eles acham ruim, brigando e acham que tem razão. É bem complicado, porque nós cuidamos do nosso quintal, mas cada um precisa fazer sua parte”, reforçou.

Mutirão

O mutirão contra o mosquito Aedes aegypti contou com 10 caminhões cedido pela Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso do Sul), duas pás carregadeiras da Seintrha (Secretaria de Obras) para a retirada de materiais que acumulam água e são criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O Exército Brasileiro também disponibilizou oito caminhões com 150 militares para o recolhimento de pneus. Além dos militares, cerca de 400 agentes de controle de zoonoses e endemias, 1,2 mil agentes comunitários de saúde e 200 trabalhadores braçais estão contribuindo no combate ao mosquito.

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