Enquanto ‘supermáquina’ não chega, Bernal fechou menos de mil buracos

Reparo acontece após reclamação de motoristas

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Reparo acontece após reclamação de motoristas

Enquanto a máquina de manutenção corretiva dos buracos, prometida pelo vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), não sai do papel, a Prefeitura de Campo Grande realizou o reparo de 955 buracos, neste fim de semana. Em agosto, após avalanche de escândalos envolvendo os contratos para serviço de tapa-buracos, o então prefeito anunciou a instalação da nova tecnologia, que estaria em fase de licitação na Prefeitura.

A promessa era de economia com mão de obra, uma vez que a máquina precisa apenas de ‘um ou dois’ trabalhadores, enquanto que hoje o serviço é feito por cinco funcionários em média, além de caminhão e compactador. Na época, o Executivo Municipal informou que gastava entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões.

Segundo a atual gestão da Prefeitura, o processo aberto por Olarte ‘está em análise e não foi encerrado’. Por enquanto, a força tarefa para tapar os buracos da cidade continua, mas ainda não há cronograma fechado para esta semana. No fim de semana, uma empresa, com equipe própria da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Transporte), taparam 514 buracos no sábado e 481 no domingo.

Ainda de acordo com o Executivo, receberam o reparo as vias Avenida Mato Grosso, Rua Antonio Maria Coelho, Ernesto Geisel, Calógeras e a 15 de novembro. O gasto inicial com o serviço será de R$ 1,5 milhão, além de estrutura própria da secretaria de Obras, informou a Prefeitura, por meio de sua assessoria.

Máquina

Na ocasião, o então secretário de Obras, Waltemir de Brito, havia dito que a Prefeitura lançaria a tecnologia na época do aniversário de Campo Grande, comemorado em 26 de agosto. Já utilizada no município de Santa Maria (RS), a tecnologia chamada TBM 5000, também conhceida como ‘caça buracos’, conta com GPS, que permite o acompanhamento de todo o trabalho realizado, garantindo rastreamento de trajeto e o uso de materiais.

A máquina permite manutenção corretiva dos buracos, trincas e outros estragos do asfalto, bem como manutenção preventiva, de forma a evitar que as rachaduras evoluam. Ela funciona em quatro etapas e o serviço pode ser concluído em cinco minutos.

Polêmico

O serviço de tapa-buraco em Campo Grande causou polêmica no começo do ano, quando moradores denunciaram o chamado “tapa-buraco fantasma”. Os vídeos ganharam repercussão nacional  e a prefeitura, ainda sob o comando de Gilmar Olarte, prometeu cancelar os contratos, o que nunca aconteceu. Pouco tempo depois, a própria prefeitura fez uma avaliação técnica, alegando que o serviço feito na filmagem era necessário.

 

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