Em meio à crise, morador organiza coleta de lixo em bairro da Capital

Taxa para recolher o lixo é de até R$ 10

Em meio ao caos por causa da falta da coleta de lixo, que já dura dez dias, o morador do Conjunto Habitacional Jardim Talismã, região norte de Campo Grande, Deolício de Souza, de 44 anos, o seu Souza como é chamado, resolveu colocar seu caminhão para coletar o lixo dos vizinhos mediante uma taxa modesta como ele mesmo ressalta.

“Para resolver este problema por que tinha muito lixo acumulado nas portas das casas resolvi oferecer aos vizinhos o serviço”, fala Deolício. O vendedor de hortifrúti fala que com o caminhão parado, a baixa procura pelos fretes viu uma oportunidade de ajudar no orçamento e resolver a questão do acúmulo de lixo.

O borracheiro, Ricardo Nascimento, de 68 anos, achou justo o pagamento da taxa. “Paguei R$ 7, e foi ótimo porque tinha muito lixo na porta de casa. É uma pouca vergonha, uma falta de consideração com a população”, fala Ricardo.

Outro morador que aderiu à  coleta de lixo, é a vendedora Odila Manzano Moraes, de 57 anos. “O lixo já estava apodrecendo dentro de casa. Paguei R$ 10 e foi muito melhor não ter mais lixo na minha casa”, diz. “É melhor pagar do que deixar acumulado porque os cachorros rasgam os sacos e espalham muita sujeira na porta das nossas casas”, explica a atendente, Joelma Cardoso, de 40 anos.

O caminhão de coleta do seu Souza adotou os mesmos dias de coletas feitas pela Solurb, segundas, quartas e sextas. A coleta de acordo com Souza começou na terça-feira (15), e nestes dois dias, o caminhão já fez o recolhimento de 20 mil quilos de lixo. O lixo recolhido pelo caminhão do seu Souza é levado para o lixão da cidade, no Bairro Dom Antônio Barbosa.

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, o lixo recolhido pelos moradores pode ser descartado no lixão da cidade.