Cerca de 600 manifestantes protestam em frente da Câmara e via é fechada

Artistas, médicos e professores fazem reivindicações em frente da Casa de Leis

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Artistas, médicos e professores fazem reivindicações em frente da Casa de Leis

O trecho da Avenida Ricardo Brandão, no Jatiuka Park em Campo Grande, teve de ser interditado na manhã desta terça-feira (19) pela Guarda Civil Municipal, por causa do protesto realizado por aproximadamente 600 manifestantes. O grupo está reunido em frente da Câmara Municipal de Campo Grande. 

O protestou começou antes das 9 horas, horário em que a Casa de Leis é aberta. Segundo a Polícia Militar, que acompanha a manifestação, a estimativa é de que outras 520 pessoas acompanhem a sessão no plenário, que conta com 300 assentos.

Do lado de fora, artistas, médicos e professores começaram a se aglomerar e a rua teve de ser fechada, no entanto, a manifestação é considerada pacífica. Os grupos seguram um cheque grande (em alusão a matéria publicada nesse domingo, 17 de maio, pelo Fantástico) e cantam músicas afirmando que o prefeito Gilmar Olarte (PP) deve deixar a administração municipal.

Entre os manifestantes estão artistas, médicos e professores. Fernanda Kunvler, de 32 anos, é artista e participa do Movimento SOS cultura, grupo que ocupou a sede da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) em março deste ano.

“Esta é uma manifestação de todos os setores para que haja o cumprimento da Lei das categorias. O prefeito não está cumprindo a Lei do 1% do fundo à cultura. A Cultura, Educação e Saúde estão passando por um caos. Se esses setores não funcionam, a sociedade também não. Este é um ato pacífico e os vereadores devem cumprir o papel deles. Eles são corresponsáveis ao que está acontecendo à administração”, declara.

O professor Fernando Moreira Espíndola, de 39 anos, diz que a sociedade está insatisfeita com a administração. “Estou há 17 anos na magistratura e esse manifesto é para mostrar que a população está insatisfeita pelo que está acontecendo. É um sentimento de indignação”, ressalta

Um dos grupos na manifestação, intitulado Fora Olarte, foi organizado via Facebook, após repercussão nacional de ação movida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra o prefeito.

Apesar de pacífica, durante a manifestação uma mulher, que não teve o nome e idade divulgados, se machucou. Ela foi socorrida por uma equipe do Samu  (Serviço, Móvel de Atendimento à Urgência) e encaminhada para o CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes.

A segurança no prédio foi reforçada para receber grupos favoráveis e contrários à administração municipal. A manifestação ocorre no mesmo dia em que vereadores da oposição prometem apresentar pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito.

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