Assembleia nesta tarde não põe fim à greve, diz presidente da Adufms
Impasse entre servidores e governo federal continua
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Impasse entre servidores e governo federal continua
A assembleia marcada para a tarde desta quarta-feira (30), na Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), não colocará fim à paralisação dos professores e administrativos, que teve início há pouco mais de quatro meses, no dia 26 de maio.
No início, 1.320 professores e três mil administrativos reivindicavam reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional de índice de 5% entre um nível profissional e outro, no entanto, com o decorrer das negociações, a categoria encaminhou uma contraproposta de 19.7%, que foi rejeitada.
Segundo o presidente da Adufms, José Carlos da Silva, o reajuste oferecido pelo governo Federal está abaixo da inflação. “O governo federal ofereceu 5,5% para agosto de 2016 e outros 5% para janeiro de 2017. Está intransigente e nós continuamos em greve”, afirma.
A expectativa da categoria está em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira (5), em Brasília, entre o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro e o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.
“O ministro de Planejamento oficializou para o comando nacional de greve que vai alterar a proposta de reajuste. Queremos saber o posicionamento do ministro da Educação que até o momento não deu nenhuma resposta. Este é um processo de negociações dos docentes com o governo federal”, declara.
Segundo o presidente da Adufms, o objetivo é levar para discussão, na assembleia desta tarde, as novas ações do movimento grevista. Até o momento, uma manifestação está marcada para o dia do encontro entre os ministros, em Brasília. O protesto deve ocorrer em todo o país.
“Para hoje temos uma assembleia unificada dos professores em todos os campos da UFMS. Faremos uma avaliação do movimento a nível nacional e encaminhamentos de greve. A reunião do próximo dia 5, só conseguimos por meio de pressão”, afirma.
Atualmente o salário de professores graduados inicialmente para 20 horas aulas é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600. As universidades federais de Mato Grosso do Sul atendem 17 mil alunos no Estado, dentre eles, 8 mil apenas em Campo Grande. A assembleia desta tarde terá início às 13h30, no auditório II da UFMS.
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