Estradas intransitáveis em período de chuva interferem no rendimento escolar das aldeias

Indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru fecharam no ano passado a MS-156, que liga Dourados a Itaporã, em protesto pela recuperação das estradas. Segundo o capitão, Leomar Silva, conhecido popularmente como “Trovão”, a negociação e o desbloqueio da rodovia poderia ter cessado rapidamente com um bom diálogo. “Se tivesse ido ao primeiro dia teríamos liberado”, […]

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Indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru fecharam no ano passado a MS-156, que liga Dourados a Itaporã, em protesto pela recuperação das estradas. Segundo o capitão, Leomar Silva, conhecido popularmente como “Trovão”, a negociação e o desbloqueio da rodovia poderia ter cessado rapidamente com um bom diálogo. “Se tivesse ido ao primeiro dia teríamos liberado”, afirmou.

Esse ano, a mesma situação repercute na vida dos moradores e também dos alunos das escolas indígenas e compromete, segundo a Associação de Professores nas Aldeias, o rendimento escolar. As estradas, segundo eles, como mostram também registros realizado pelo Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Dourados, estão intransitáveis em período de chuvas. Fora isso, as crianças estão ocupando salas improvisadas para estudar.

A extinção do Núcleo Indígena ligado a Semed (Secretaria Municipal de Educação) reflete também nas resoluções desse assunto. O fechamento deixou os indígenas sem representação para levar esse tipo de reivindicações a administração. O núcleo, segundo Izaque de Souza, presidente da Associação, poderia ajudá-los a conduzir melhor o processo. Ele é composto por representantes das três etnias, por isso, ainda a importância de mantê-lo.

De acordo com os assuntos relacionados em uma reunião na semana passada com o Sindicato, essa extinção seria um retrocesso nas conquistas da educação indígena. “Precisamos que nossos representantes tenham respeito com a gente”, afirma o capitão.

Não é preferência, segundo relatos, chegar a ter que convocar a base das escolas para irem até ao Ministério Público denunciar esse caso nas aldeias. “Precisamos que eles escutem a aldeia, temos que lutar pelas mesmas coisas todos os anos. Queremos uma solução”, completou a liderança.

ASSEMBLEIA

Uma assembleia será realizada nesta quinta-feira (28), às 15h, na Escola Tengatui Marangatu, localizada na Aldeia Jaguapiru.

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