O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, foi expulso da 16ª Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (Filac). Aos gritos, um ex-servidor da Funai acusou Xavier de ser miliciano e o responsável pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do Dom Phillips.

O momento foi gravado e, nas imagens, é possível ver Ricardo Rao, ex-funcionário da Funai, denunciando a presença de Marcelo Xavier. Rao afirmava que o presidente da instituição não tinha porque estar ali. Em seguida, Xavier deixa o local do evento.

“Esse homem não pertence aqui”, gritou Ricardo Rao, exonerado da Funai em 2020. O ex-servidor vive na Europa em um autoexílio após sofrer uma série de ameaças durante o seu trabalho de na fundação. “Esse homem é um assassino, esse homem é um miliciano”, completou.

“Ele é responsável pela morte de Bruno (Pereira) e Dom Phillips. Você é um miliciano, bandido”, destacou Rao. O indigenista e o jornalista foram assassinados no dia 5 de junho, no Vale do Javari (AM).

Quem é o homem que expulsou o presidente da Funai?

O homem que expulsou o presidente da Funai é Ricardo Rao, ex-funcionário da Funai. Ele foi colega do indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari.

Ao site Real, Rao afirmou que deixou o Brasil em 2019 após colecionar ameaçar de morte por fazer o trabalho de fiscalização semelhante ao de Pereira.

“Desde o Bruno, eu não durmo direito. É uma culpa muito grande. Um cara gente fina, um rondoniano clássico, um exemplo pra nós”, afirmou o indigenista ao Amazônia Real.

A Funai negou que o presidente tenha sido expulso do evento e afirmou que ele apenas optou por sair voluntariamente do local.

Confira o vídeo: