TSE registra 1,4 mil urnas eletrônicas substituídas no Brasil; uma seção precisou de voto manual

O número de urnas substituídas corresponde a 0,27% do total

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TRE eleições
(Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que, até as 11h40, 1.420 urnas eletrônicas foram substituídas durante a votação deste domingo (2). Em nenhuma seção, no entanto, foi necessário o uso do voto manual.

Conforme publicado pelo portal UOL, o número de urnas substituídas corresponde a 0,27% do total. Ao todo, mais de 470 mil urnas estão sendo usadas nas eleições de 2022, de acordo com o tribunal.

Por se tratar de equipamento eletrônico, as urnas podem apresentar problema na hora da votação. Neste caso, o TSE estabelece os seguintes pontos para resolver a situação:

  • Reiniciar a urna eletrônica: em caso de problemas, segundo o TSE, basta o presidente da mesa, na frente de todos os fiscais, reiniciar o equipamento. De acordo com o Tribunal, as informações contidas nos cartões de memória, como os votos computados, não sofrem alteração por causa deste procedimento;
  • Reposicionamento do cartão de memória: cada urna conta com dois cartões de memória, um externo e outro interno. Os dois armazenam as informações dos candidatos e dos votos computados na urna. Durante a votação, o cartão externo pode sofrer alguma falha ou não ter sido plugado corretamente. Neste caso, o presidente da mesa reposiciona o cartão de memória externo e observa se a urna voltará a funcionar normalmente;
  • Substituição do cartão de memória externo: caso o problema persista, o TSE indica que o cartão de memória externo seja substituído. O Tribunal deixa alguns equipamentos de contingência justamente para serem usados em caso de falhas. O cartão externo funciona como backup do interno. Caso esse procedimento seja feito, o presidente da mesa desliga a urna eletrônica e faz a substituição do cartão. Quando for ligada, a urna detecta a troca do cartão de memória e copia o conteúdo do cartão interno para o externo. Assim, a eleição continua da mesma forma. O cartão com problema é lacrado e remetido a um local especificado pela Justiça Eleitoral onde estará disponível para ser analisado e passar por alguma auditoria;
  • Substituição de urna: caso a troca do cartão de memória não seja suficiente, a urna eletrônica poderá ser trocada. O TSE deixa alguns equipamentos de reserva justamente para casos como esse. Ao substituir a urna, o novo equipamento recebe o cartão de memória externo daquela que deu problema. Quando a urna é ligada, o cartão externo envia para o interno as informações, sem risco de perda de qualquer informação, como os votos computados pelos eleitores. Na eleição de 2020, 3.381 mil urnas apresentaram problemas e tiveram que ser substituídas, segundo o TSE.
  • Voto em papel: caso todas as medidas mencionadas acima sejam feitas e o problema da urna não seja resolvido, a votação passa a ser feita em cédulas de papel. Segundo o TSE, a cédula contém o nome dos cargos e os espaços para completar com os números dos candidatos. Segundo o Tribunal, os votos registrados nas urnas defeituosas são recuperados pela junta eleitoral, em um sistema desenvolvido pela Justiça Eleitoral.

Falta de luz

Caso haja queda de energia em alguma seção dos 5.570 municípios do país, isso não afetará o registro dos votos. As urnas eletrônicas contam com bateria para aguentar até 12 horas de funcionamento. Ou seja, um prazo maior do que o período total de votação.

Mesmo com esse recurso, as operadoras de energia de cada estado se reuniram com os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para traçar medidas para evitar quedas de energia no dia da votação. Em caso de falta de luz, elas poderão prestar uma rápida assistência para sanar os problemas.

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