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Brasil

Funcionárias denunciam e protestam em Brasília contra presidente da Caixa por assédio sexual

Em depoimento, as vítimas relataram que os abusos variavam entre toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites inoportunos
Maria Eduarda Fernandes -
Ato contra presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em frente à sede do banco, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

O presidente da Econômica Federal, Pedro Guimarães, está sendo acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público. Após se unirem e denunciarem no final do ano passado a suposta conduta do chefe máximo da instituição, as funcionárias, vítimas de Guimarães, decidiram protestar em frente à sede do banco, em nesta quarta-feira (29).

A apuração feita pela reportagem do Jornal Metrópoles, há mais de um mês, mostra relatos de algumas das vítimas que sofreram o assédio. Todas elas trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa. Segundo jornalistas, cinco concordaram em dar entrevistas, desde que suas identidades fossem preservadas. Elas relatam ter sido abusadas por Guimarães em diferentes momentos, sempre durante compromissos de trabalho.

Em depoimento, as vítimas relataram que os abusos variavam entre toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites inoportunos.

Vale lembrar que Pedro Guimarães é presidente da Caixa desde o início do atual governo e é presença frequente em eventos ao lado de Jair Bolsonaro (PL), além de participar várias vezes da live semanal do presidente.

Protesto

Na tarde desta quarta-feira (29), funcionárias da CEF (Caixa Econômica Federal) fazem um protesto em frente à sede da instituição, em Brasília. O ato é reflexo de denúncias de assédio sexual contra o presidente da estatal, Pedro Guimarães, reveladas pelo portal “Metrópoles”, na terça (28).

A manifestação, organizada pelo sindicato dos trabalhadores, pede a “saída urgente” de Pedro Guimarães do cargo. Os participantes fazem discursos contra o gestor e entregam flores a funcionárias que entram ou saem do prédio.

Guimarães rebateu alegando ter “Uma vida pautada pela ética”

O acusado de assédio sexual afirmou nesta quarta-feira (29) em um evento da Caixa em Brasília, que tem “uma vida inteira pautada pela ética” e se orgulha de como se portou ao longo da vida. O executivo, um dos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu ao evento acompanhado da mulher, Manuella Guimarães, filha do delator da Lava Jato Léo Pinheiro, da OAS.

Nota da Caixa

A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo (Metrópoles). A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de ‘qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça’. A Caixa possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias. Ademais, todo empregado do banco participa da ação educacional sobre Ética e Conduta na Caixa, da reunião anual sobre Código de Ética na sua Unidade, bem como deve assinar o Termo de Ciência de Ética, por meio dos canais internos. A Caixa possui, ainda, a cartilha ‘Promovendo um Ambiente de Trabalho Saudável’, que visa contribuir para a prevenção do assédio de forma ampla, com conteúdo informativo sobre esse tipo de prática, auxiliando na conscientização, reflexão, prevenção e promoção de um ambiente de trabalho saudável.

*Com informações do site Uol e Metrópoles

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