Novo líder do governo pede apoio e lealdade aos partidos aliados

Em seu primeiro discurso como líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que a função do líder do governo é formar maioria. “É agregar, ceder, para que haja entendimento e o conjunto dos partidos possa formar maioria para aprovar os projetos na Casa”, disse. Ricardo Barros substitui o deputado Vitor Hugo […]

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Em seu primeiro discurso como líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que a função do líder do governo é formar maioria. “É agregar, ceder, para que haja entendimento e o conjunto dos partidos possa formar maioria para aprovar os projetos na Casa”, disse.

Ricardo Barros substitui o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), que ocupou o cargo desde o início do governo Bolsonaro. O novo líder afirmou que Vitor Hugo sai da liderança do governo com “o troféu” de ter aprovado a reforma da Previdência.

A reforma tributária é, segundo Barros, o maior desafio do governo neste semestre. “Temos tudo para avançar por um sistema tributário mais simples, mais justo, que tribute mais ricos que pobres para sustentar melhor os inúmeros benefícios existentes na Constituição”, disse. A expectativa é que o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) esteja pronto em setembro.

Barros disse ainda que vai articular a aprovação das propostas relacionadas a pandemia do novo coronavírus e a criação do programa Renda Brasil, que deve substituir os programas assistenciais do governo – auxílio emergencial e Bolsa Família. “O Renda Brasil será um programa mais amplo, já que identificamos na pandemia muito mais brasileiros que precisam de assistência”, afirmou.

Barros afirmou ainda que a economia e a queda de juros dependem da manutenção do teto de gastos aprovado no governo Temer, que impede o crescimento das despesas acima da inflação. “Não tem fura-teto. Os créditos virão com remanejamento de outras áreas porque há compromisso com ajuste fiscal”.

Trajetória e coalização

Ricardo Barros destacou que, em seus seis mandatos, assumiu posições nas lideranças dos governos de FHC, Lula, Dilma e também foi ministro da Saúde de Michel Temer. Ele disse que trabalha pela governabilidade dos presidentes eleitos e que compor o governo faz parte do nosso modelo de presidencialismo. “Os presidentes são eleitos com 10% de representantes na Câmara e no Senado. Isso exige articulação, de maneira transparente, e com a inclusão dos programas partidários na coalização do governo”, disse.

Barros afirmou ainda que a intenção é manter uma relação respeitosa entre os Poderes e com os entes federativos, sem impor novas obrigações aos municípios.

O líder da oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), afirmou que Barros tem um “excelente nível de diálogo” e muita experiência na articulação. “Tem credibilidade nos compromissos que pode assumir”, afirmou.

O 1º vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), também deu as boas vindas ao novo líder do governo. “Desejo sucesso. Competência, vossa excelência tem”, afirmou.

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