Dólar encerra a sexta em queda de 2,92% cotado a R$ 5,41

Em uma das maiores variações para um dia, R$ 0,12, o dólar derreteu para R$ 5,40 na mínima, deixando claro o desmonte de posições defensivas dos investidores. O movimento que se seguiu mais forte nesta sexta-feira, 28, veio em continuidade ao enfraquecimento da divisa americana já visto na quinta-feira, por causa das renovadas as perspectivas […]

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Em uma das maiores variações para um dia, R$ 0,12, o dólar derreteu para R$ 5,40 na mínima, deixando claro o desmonte de posições defensivas dos investidores. O movimento que se seguiu mais forte nesta sexta-feira, 28, veio em continuidade ao enfraquecimento da divisa americana já visto na quinta-feira, por causa das renovadas as perspectivas de que os juros nos Estados Unidos continuarão baixos por um longo período diante da sinalização para a política monetária dada pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Favoreceu também a desvalorização do dólar, o ambiente doméstico mais ameno, com os investidores enxergando certo entendimento entre a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro.

Nesse ambiente, o dólar à vista encerrou em queda de 2,92%, cotado a R$ 5,4152, o menor valor desde 31 de julho, quando marcou R$ 5,2170. A queda acumulada nesta semana, de 3,41%, apenas amenizou a alta de todo o mês de agosto que agora está em 3,80%.

Igo Falcão, sócio do Grupo Aplix, ressalta que a queda acentuada do valor do dólar está amplamente ligada às movimentações no cenário externo, com os investidores precificando a prolongado período de juro baixo e alta liquidez. Nesta sexta, o dólar se enfraqueceu perante a maioria das moedas no globo.

O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, passou o dia em queda pronunciada. Às 17h10, o DXY operava em baixa de 0,74%, aos 92 315 pontos. Já em relação aos emergentes a perda de valor ocorria contra os principais pares emergentes do real, como o peso chileno, o peso mexicano e o rublo.

Falcão complementa que nesta sexta foram colocados panos quentes sobre a discussão, acalmando o embate dentro do governo. Mas, ressalta, o tema do controle de gastos, das reformas, enfim, da pauta liberal que foi sugerida antes de ocorrer a pandemia segue ganhando a atenção dos investidores. “Uma vez passada a pandemia temos de olhar para dentro de casa, para a agenda reformista, que estava caminhando bem antes da Covid. O dever de casa tem que ser feito o mais rápido possível”, afirmou.

Nesta semana, ruídos causados por declarações do presidente e sobre a permanência do ministro Paulo Guedes no governo levaram a cotação do dólar ao pico dos R$ 5,63.

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