Crime completa um mês, entidade cobra agilidade nas investigações

A anistia internacional divulgou um comunicado mundial nesta sexta-feira (13), cobrando agilidade das autoridades brasileiras nas investigações do assassinato de e Anderson Gomes. O crime completa um mês nesse sábado (14) e ainda não foi solucionado.

Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil afirmou que “o Estado deve garantir que o caso seja devidamente investigado e que tanto aqueles que efetuaram os disparos quanto aqueles que foram os autores intelectuais deste homicídio sejam identificados. Caso contrário envia uma mensagem de que defensores de podem ser mortos e que esses crimes ficam impunes”.

Jurema ainda cobra agilidade na investigação dos assassinatos “a sociedade precisa saber quem matou Marielle e por quê. A cada dia que passa e este caso permanece sem respostas, o risco e ameaças em torno dos defensores e defensoras de direitos humanos aumentam”, afirmou.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados na noite do dia 14 de março. Dos cerca de 13 tiros disparados contra o carro, quatro atingiram Marielle na cabeça. Segundo informações da polícia divulgadas à imprensa o crime tem características de execução, realizado por pessoas com treinamento.

“A Anistia Internacional exige das autoridades brasileiras que conduzam uma investigação imediata, completa, imparcial e independente que não apenas identifique os atiradores, mas também os autores intelectuais do crime”, afirma o comunicado.

Defensores dos direitos humanos

Segundo a Anistia Internacional o Brasil é um dos países que mais mata defensores dos direitos humanos no mundo. Apenas em 2017, cerca de 58 defensores foram assassinados no Brasil.  Entre as mortes estão lideranças comunitárias, ativistas e ambientalistas brasileiros.

Anistia Internacional cobra investigações da morte de Marielle Franco